"O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, sediado em Estrasburgo, França, pronunciou-se ontem unanimemente sobre uma queixa de uma mãe italiana que pediu a retirada dos crucifixos das salas de aula de uma escola pública onde os seus filhos estudavam.O tribunal sustentou que a exibição obrigatória do símbolo de uma determinada confissão em instalações utilizadas pelas autoridades públicas e, especialmente em aulas, restringe os direitos paternos de educarem os seus filhos em conformidade com as suas convicções. Por outro lado, a exposição do símbolo cristão também limita o direito das crianças a crerem ou não."
Às vezes fico espantado com o tipo de "guerrinhas" que se faz neste mundo. Agora é o problema dos crucifixos nas salas de aula! Bem, grande problema este realmente. Uns dizem que é impor um símbolo religioso e que isso vai contra a liberdade de crença. Bem, pessoalmente, quando andava na escola não me lembro de ser obrigado a crer em qualquer tipo de religião, embora tivesse o tal crucifixo na sala de aula. Nunca me disseram que tinha que saber o Pai Nosso ou a Avé Maria na ponta da língua, nem sequer se falava disso nas aulas. O crucifixo é apenas um símbolo e lá por ter esse símbolo na parede não quer dizer que imponha a religião católica às crianças. Para mim isto trata-se de uma aspecto cultural. Portugal sempre foi um país católico, assente numa cultura forte pela crença desde os tempo dos Reis. Será que na Índia se vão tirar as vacas da rua ou nos países árabes se vão deixar de fazer as 5 orações diárias e sua difusão pelas ruas desses países por existir a ideia de imposição de uma religião? Eu já visitei um país muçulmano e sinceramente não me fez diferença nenhuma ouvir as orações nas ruas. Se lá vivesse tinha que conviver com isso por ser um aspecto de pertença à cultura do próprio país. E sinceramente duvido que alguma criança seja obrigada ou se sinta intimidada nas escolas a ter de optar por uma religião. Nem sabem o que isso é. Porque é que os pais não se preocupam com a fraca aprendizagem e crescente ignorância dos próprios filhos? Porque é que os pais não se preocupam com a constante má criação dos seus filhos? Preocupem-se em educar em vez de se procurar com coisas menores como esta. A educação religiosa dá-se em casa ou na catequese e não na escola. O crucifixo é apenas um símbolo. Não impõe nada a ninguém. Faz parte da cultura do próprio país. Desde que não se imponha a aprendizagem da Bíblia ou das orações, não vejo mal nenhum nesta história toda. Se houvesse imposição destes últimos aspectos que referi, aí sim achava mal e que aí sim se estava a pôr em causa a liberdade da crença em determinada religião.
Diz no site de "Publico.pt":
"...os alunos podem usar símbolos religiosos nas escolas que a família lhes aponham, como o crucifixo num fio ao pescoço, o véu ou o turbante, mas rejeitou (um sociólogo) que essa possibilidade seja estendida ao professor."
Aqui na opinião deste sociólogo os alunos podem usar adereços religiosos, mas os professores não. Fantástico! E aqui não se está a impedir o professor, uma pessoa portanto, de ter liberdade de seguir os costumes da sua religião? Será que um professor muçulmano tem de ser impedido de usar um turbante, por exemplo? Será que não está aqui a haver um contra senso de convicções?
Cada um tem direito a ter a sua religião, ou até de não a ter. Considero que não é um crucifixo ou uma passagem do Alcorão que vai impor a uma pessoa ateísta uma religião. Não será certamente um crucifixo numa sala de aula que vai impor a religião católica a um muçulmano. Como disse, imposição seria se a Bíblia ou qualquer outro ensinamento de qualquer outra religião fosse ensinado na escola. Isso sim seria imposição ou desrespeito ou violação à liberdade de crença, fosse ela qual fosse.
Sociedade esta hipócrita, que apenas se importa com coisas pequenas em vez de se preocupar com coisas realmente sérias.
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2 comentários:
Numa coisa estamos de acordo, é de facto um problema menor e se fosse só isso que estivesse mal com a nossa educação eramos um pais fantástico, mas de facto não concordo com a existência de símbolos religiosos nos estabelecimentos de ensino, tal como não concordaria se fosse uma bandeira de um clube ou de um partido político, na escola dele transmitir-se conhecimento de forma o mais isenta e imparcial possível, e queiramos ou não a associação da escola com a igreja condiciona essa isenção, e além do mais qual a lógica de ter crucifixos na parede das escolas?
Quanto aos professores ou os alunos usarem símbolos religiosos, é ridículo querer impedir alguém de manifestar a sua fé de uma maneira que não prejudique ninguém...
D.J.
Não concordo contigo. Como disse nas escolas não se ensina os ensinamentos que a igreja católica proclama. Apenas está lá esse simbolo o que para mim é uma questão cultural e não de imposição de uma religião. Smpre existiram crucifixos nas escolas. Porque só agora se lembraram de embirrar com isso. À quantos séculos existem estes simbolos nas escolas? Faz parte da cultura de um país maioritariamente católico. Para mim não se trata de imposição mas de uma questão cultural.
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