domingo, 28 de dezembro de 2008

Adeus 2008

2008 não foi um bom ano para mim. Não gostei e é giro que na passagem do ano de 2007 para 2008, estive ao telefone com um pessoa e quando desliguei pensei: “isto este ano não vai correr bem”. Acho que estava escrito que 2008 não era o meu ano. Em termos profissionais até correu muito bem, não me queixo. Em termos pessoais nem por isso. Foi um ano em que perdi muita coisa, algumas esperadas outras não, mas a vida é assim. Posso dizer que não guardo as melhores recordações de 2008, mas também e ao contrário do habitual estou muito optimista para o futuro e para 2009. No entanto, aprendi uma coisa muito importante este ano. Mais do que tudo, importa pensar nos que estão a nosso lado e não em quem decidiu mudar e para os primeiros cá estarei para o que precisarem. Espero um melhor 2009 e fechar definitivamente o capítulo das coisas negativas que tive em 2008. Não, não vou fazer as habituais resoluções de fim de ano, tipo a partir de dia um vou ser um tipo completamente diferente. Não não vou, vou ser o mesmo, apenas vou encerrar alguns capítulos de 2008 e enfrentar 2009 cheio de ganas. Espero na próxima quarta-feira fazer um reset, apagar tudo o que não interessa e só guardar o que há de bom. Custe o que custar. E espero dentro de um ano escrever: 2009 foi um grande ano! De 2008 me despeço e da sociedadekritica também (este ano, estou de volta em 2009 não vale a pena começarem a festejar). De 2008 guardo quatro momentos: uma noite fria e chuvosa no Algarve, uma semana em Cabo Verde, um jantar e uma nota que vale muito mais que cinquenta escudos. Aos meus amigos desejo um grande 2009, que tenham mais e melhor que aquilo que desejo para mim. Boas entradas e grande abraço

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Nessun Dorma - Feliz Natal

Queria partilhar este vídeo que aqui ponho, momento que para mim é arrepiante, mais um momento em que fico de olhos postos no monitor sem conseguir desviar o olhar, perco a noção das quantidade de vezes que volto a carregar no botão do "Play", para ouvir esta voz absolutamente celestial. Mais uma homenagem que aqui faço a uma das grandes vozes do nosso século. Devo confessar que o estilo lírico não é o meu estilo de música preferido nem sou grande apreciador, para ser sincero, mas aprecio sim as grandes vozes. Adoro música, e a voz é quem transporta todo o sentimento das palavras, faz com que as letras nos toquem a alma e uma voz assim é algo de maravilhoso. Quem me conhece, sabe o tipo de música que ouço, e esta definitivamente não é a minha preferência mas "tiro o chapéu" a quem a consegue interpretar, tornando o estilo lírico em algo que me pode dar prazer em ouvir, mesmo não sendo da minha preferência...Com esta obra prima, ária do último acto da ópera Turandot, de Giacomo Puccini, me despeço e vos desejo um Feliz Natal com muitas prendinhas e muito boa disposição.

Breve explicação do significado desta composição: refere a proclamação da princesa Turandot, determinando que ninguém deve dormir: todos passarão a noite tentando descobrir o nome do príncipe desconhecido, Calàf, que aceitou o desafio. Caláf canta, certo de que o esforço deles será em vão.

PS: CC, mais uma vez um grande jantar em que tudo esteve prefeito. O meu obrigado por tudo... e que grande vinhaça aquela! Grande prenda, mais uma vez obrigado...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Obrigado

Realizou-se este sábado um jantar que habitualmente organizo nesta época. O jantar quanto a mim correu muito bem, a comida estava excelente e a bebida também. Queria fazer aqui alguns agradecimentos e para começar o meu obrigado ao Miguel dono da “Adega dos Garrafões” que nos atendeu com a habitual simpatia bem como à D.ª Lina sempre a ver se faltava alguma coisa. No fundo o meu obrigado à Adega!

E depois às pessoas que lá estiveram, pessoas que considero meus amigos verdadeiros, obrigado ao:
Tiago (estreante nestas andanças, mas parecia um veterano)
Pepe (que animou tudo e todos como é habitual)
Sofia (sempre bem disposta)
Samuel (o que aconteceu ao Cardhu?)
Ricardo (tranquilo mas desconfio que o Cardhu também passou por ele)
André (outro do grupo que por artes mágicas fez desaparecer o Cardhu)
Ana (que já não via há muito)
Meireles (que veio mesmo doente)
Oliveira (que veio de Lisboa mas não falha)
Facas (que veio de ressaca mas veio e agarrou-se à São Domingos)
Rolha (que chegou atrasado mas chegou)
Joana (também estreante, mas que entrou no espírito do jantar desde inicio)
Dani (para o próximo ano tens de fazer o bigode)
Jordão (que perdeu o desafio moscatel/zurrapa de favaios)
Filipe (estreante e que no inicio do jantar dizia que não ia beber e depois…)
Quintela (que fez a reportagem para dar na sic)

A todos muito obrigado.

De referir que no final do jantar um desafio entre moscatel (patrocinado por mim) e uma zurrapa de Favaios (patrocinada pelo Jordão) tendo o moscatel goleado, tendo ficado agendado jantar para Janeiro para analisar um Quinta de Serrade… perdão Solar de Serrade. Eu, Tiago e Jordão e fiquei com a sensação que é o Jordão a pagar.

Quando à discussão da noite, chegou-se à conclusão que com ou sem meias, desde que haja, é na boa…

A todos Bom Natal meus amigos

sábado, 20 de dezembro de 2008

O teu valor

Por questões que agora não interessam, na quinta-feira tive de passar algum tempo num hospital. Não sei bem porquê hospitais sempre me fizeram alguma confusão. Não por causa do cheiro, ou da recordação de algo triste, ou do barulho ou da ligação à dor, nada disso, a mim faz-me confusão as caras. As caras das pessoas que lá estavam, rostos tristes, cansados e muitas vezes sós. Pessoas desiludidas com a vida, e que por essa desilusão reduzem o seu próprio valor sem perceber o quanto cada um deles vale realmente (e não o que vale naquele momento de abatimento). Quantas vezes duvidamos do nosso valor, do que realmente merecemos e do que somos capazes de alcançar. Todos nós temos um valor, valor esse que não é definido por riqueza material, ou beleza, ou inteligência, mas sim por aquilo que disponibilizámos de nós para ajudar terceiros. Porque raio é que quando alguém passa num momento menos bom perde a noção do valor que tem? A ti posso dizer-te uma coisa, se me perguntares o nome das pessoas mais ricas do mundos, ou das Miss Universo, ou dos prémios Nobel eu demoro a responder. Agora se me perguntares o nome de pessoas que me ajudaram quando eu me senti mal, pessoas que me fizeram sentir especial, ou pessoas com quem passei muito do meu tempo, o teu nome vem logo nos primeiros. As pessoas que marcam a tua vida não são as que têm as melhores credenciais, mais dinheiro, ou os melhores prémios... São aquelas que se preocupam contigo, que cuidam de ti, aquelas que de algum modo estão contigo. Reflecte um momento. A vida é muito curta! E tem juízo, olha para a frente e goza o prazer de viver. Gunguel-dá. Beijo

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

No Porto dorme-se mais?

Epá só eu é que tenho a impressão que no Norte dorme-se mais do que no Sul? Será? Eu acho que sim. Eu todos os dias lá me levanto cedinho pelas seis da manhã e pelas sete estou a sair de casa, lá vou eu cheio de sono a conduzir ouvindo rádio. Até que pelas sete e meia surge a informação sobre o trânsito. Primeiro, o locutor com a maior surpresa do Mundo anuncia, os acessos a Lisboa estão muito congestionados, fila de quilómetros, demoras, acidentes etc, etc… A esse locutor tenho umas coisas a dizer: 1) estúpido, está tudo a ir trabalhar 2) parvo, amanhã vai estar na mesma 3) anormal, e às seis da tarde vai estar igual, no sentido contrário, o pessoal está a ir para casa… Pronto já desabafei. Mas, e o transito no Porto? Sempre, sempre, o trânsito no Porto, calmo, tranquilo, sem problemas. Mas o pessoal no Porto não vai trabalhar? Porque é que às sete e meia o pessoal já está todo na fila para a 25 de Abril e o pessoal no Porto está a lavar os dentes ou coisa do género? Fico com a clara sensação de que no Porto o pessoal levanta-se mais tarde. Será?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Desculpas e mais desculpas...

Há quem diga que pedir desculpas por algo que fez errado é boa educação e se eu disser que às vezes é uma atitude de pura prepotência? Estranho esta minha observação? Pode parecer mas para mim não é. Passo a explicar:
Nunca vos aconteceu, por exemplo, irem na estrada a conduzir o vosso valente bólide, sim porque para andar na estrada hoje em dia é preciso coragem, tamanho é, o imperssionante número, como hei-de de chamar...de "vegetais" ( estou a ser bastante educado), que andam a fazer de conta que conduzem, entrarem numa rotunda, por exemplo, e de repente um estúpido qualquer atravessar-se à vossa frente? Ou mesmo nos somáforos, nós na nossa faixa e outro estúpido faz pisca e sem olhar resolve atravessar-se à vossa frente? Aposto que já, a mim acontece milhentas vezes. Duas coisas curiosas:
- Primeiro fazem pisca, ok, até aqui tudo muito bem, mas e depois a parte de se atravessarem à nossa frente sem olhar? Isto é só fazer pisca e pimba, vamos lá para o outro lado sem ver quem vem lá, porque tou a fazer pisca e é isso que importa! Por amor de Deus! Qual é a parte do olhar para ver se alguém vem na outra faixa que não ensinaram a esta cambada de "vegetais"?
- A outra coisa curiosa é o que se passa a seguir, lá vem o tal pedido de desculpas com uma leve elevação do braço! Ok, pediu desculpa mas e se me batesse, do que é que me servia as desculpas? Como é óbvio, de nada! Atitudezinha preputente esta de fazer a coisa mal de forma consciente e depois pedir desculpa. Costumo dizer que as desculpas não se pedem, simplesmente evitam-se.
Mais um caso, as rotundas... pois é meus amigos, caso complicado este para muita gente, a questão das rotundas e das suas prioridades. Qual é a parte, que os ditos "vegetais" não perceberam, de que quem vem na rotunda tem prioridade?! Vamos numa rotunda e de repente um ignorante qualquer pensa que é mais esperto do que os outros e atravessa-se na dita cuja sem olhar, ou não, e lá temos nós de pôr pé ao travão para evitar um acidente. A seguir buzinamos que nem uns doidos ( pelo menos eu sou assim) e lá vem o tal pedido de desculpas, "ah e tal desculpe lá não o vi, ou pensava que tinha tempo de passar...", atitudezinha prepotende mais uma vez! Outra situação em que o pedido de desculpas poderia ser evitado se o tal índividuo cumprisse as regras... mas não, vamos lá ser mais espertos que os outros e vamos avançar, porque depois podemos pedir desculpas e pronto, fica tudo bem...enfim fico pior que sei lá o quê! Se não desse tanta chatice uma pessoa bater noutro carro, eu juro, que a estas pessoas eu até acelerava mais para bater com mais força, para que o dano e o susto fosse maior, podia ser que o susto servisse de lição (estou a ser positivo ao pensar assim). Atitude preputente porquê? " ah e tal vou-me atravessar, o outro carro tem de parar para não me bater, e depois é só pedir desculpa e ainda fico a gozar com o susto que a outra pessoa apanhou e com o seu estado algo alterado"... meus senhores e senhoras, este pedido de desculpas não é uma atitudezinha prepotente por parte dos outros indivuduos e até irritante? Qual boa educação qual quê, nestes casos ponham a boa educação num sítio que eu cá sei. Sejam civilizados...
Detesto estas atitudezinhas prepotentes, faz-me confusão as pessoas serem burras e ignorantes por iniciativa própria...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Mais coisas que não gosto em Dezembro

Mais duas coisas que me irritam em Dezembro, mas coisas que irritam mesmo a sério. Primeiro, pior que aquele pessoal que não tira aquela película dos telemóveis ( parece que fazem gala disso e dizem: “pronto agora não tiro isto daqui, já está com o canto superior direito a enrolar e cheio de porcaria mas não tiro”) são as mensagens de Natal. Epá não suporto. E não me venham dizer que têm significado, se eu quero que tenha significado vou ter com a pessoa e dou-lhe um abraço ou um beijo, se não posso estar com essa pessoa ligo, agora mensagens???? Até admito que, pronto não dá para ligar a toda a gente manda-se uma ou outra mensagem, escrita por mim, pessoal. Agora alguém me explica qual o significado de uma mensagem predefinida, que alguém envia aos seus cinquenta melhores amigos? Sempre igual, mensagem definida por um doido qualquer na nos centros da Nokia na Finlândia e toca a enviar… para todos… envia-se para todos não vá esquecer alguém. Pena não ter o número de telemóvel do tio da vizinha que tem um irmão que é amigo do namorado da minha vizinha do quinto direito com quem não falo (excepto em Dezembro). Epá expliquem-me. Bem e quando colocam smileys nas mensagens… agora por tudo e por nada : - ) : - ( : - 0 eu acrescento : - & (símbolo que quer dizer oh smiley vai pró…). Antes de haver internet alguém escrevia com carinhas ou parêntesis para explicar ao leitor o estado emocional do escritor? Mas isso fica para outro post. E depois é até ficar com o polegar em carne viva de tanto apagar mensagens.
Segundo, pior que aquele pessoal que diz selada, temos as passas na passagem de ano. 12 passas nos últimos 12 segundos do ano. Nunca corre bem pois não? Epá na passagem a essa hora o pessoal está assim a modos que… deixa cá ver… ligeiramente… epá a essa hora o pessoal está bêbado. Não todos mas a grande maioria. E depois temos doze passas para os últimos doze segundo do ano e pedir doze desejos… bem um bocado complexo para que já está bêbado mas é assim e lá começamos: uma (dinheiro dinheiro dinheiro… não espera não posso pedir isso logo na primeira pois todos acham que sou um materialista, espera pronto saúde, que eu esteja bem de saúde) duas (agora sim dinheiro dinheiro dinheiro) terceira(saúde para a minha família e tudo de bons para eles, bolas podia ter juntado esta à primeira passa…) quarta (sucesso profissional, e de preferência ficar com o lugar do meu chefe…) quinta ( manter/arranjar/despachar uma namorada : - ) epá vai-te embora smiley) sexta (pronto começa a ficar difícil, epá Portugal campeão de futebol, volta Scolari e Queiroz a levar com um saco de gatos mortos na cara até os gatos começarem a miar) sétima (já estou engasgado e embaçado, vai mais um copo de vodka, pronto… epá uma noite de sexo com a Sylvie Van Der Vaart) oitava (paz no mundo, pras criancinhas e acaba-se a fome e as doenças e essas cenas do terrorismo) nona (isto já está a cair mal, as passas e o vodka, mais o vinho e o moscatel… isso moscatel, longa vida ao moscatel e não confundir moscatel com aquela zurrapa licorosa que alguns tipos fazem lá no Norte…) décima primeira epá espera… hic… não… deixa cá ver… décima (já estou todo trocado, uma Taça qualquer para o Vitória) décima primeira (fim da crise em Portugal, nesta altura desmancho-me a rir…) e por fim décima segunda (epá qualquer coisa, isto entretanto já estamos no ano novo há quinze minutos). O quero dizer é que doze é muito desejo, dois ou três chegava e ficávamos com os desejos que realmente interessavam.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Dezembro mês de Natal

Ponto prévio: gosto da época do Natal. Dou muito valor a passar uns dias com a minha família, faço questão em estar nem que seja um bocadinho com todos os meus irmãos, é um altura de que gosto. Revejo primos (passamos o Natal todos junto) e o resto da família que vejo menos. Faço um jantar (já há alguns anos) com os meus amigos mais próximos, algo que também gosto bastante. Mas irrita-me o pseudo-espirito de Natal, parece que em Dezembro toda a gente fica boazinha, simpática, generosa… é tipo um sentimento de culpa que assalta a maioria das pessoas. Durante os restantes 11 meses do ano, anda-se de trombas (DJ nada de piadas que a pessoa em quem estás a pensar não é para aqui chamada), fala-se mal de tudo e de todos e trata-se toda a gente abaixo de cão. Em Dezembro é só simpatias. Durante 11 meses nem há um “bom dia” em Dezembro há “bom dia, como está? Está tudo bem consigo?”. É uma hipocrisia. Como se levou 11 meses a tratar mal o pessoal, a esquecer que existe um irmão, uma mãe ou uma avó, e para obter perdão divino corre-se para os hipermercados consolar a crise consumista comprando prendas para dar. E as campanhas do Banco Alimentar e seus derivados? Bem parece que as criancinhas em África só passam fome em Dezembro, de resto são grandes jantaradas em Angola, Moçambique, Iritreia… Até Dezembro não mandamos um pacote de arroz para África mas em Dezembro lá enchemos um saco que nos dão à porta do hiper e colocamos lá uns pacotes de arroz, massa, farinha (de marca branca para ser mais barato e pensamos que lá passasse fome até mais não, portanto a marca é indiferente logo vai a mais barata). E lá compramos a entrada no céu pelo menos até à passagem do ano. O estranho é que até as pessoas de que não se gosta no Natal são contemplados com aquela simpatia extra, e aquele abraço… Somos muito hipócritas… Isso é algo que não sou, sou uma besta em Janeiro, Março, Agosto ou Dezembro. Se não gosto de uma pessoa em Setembro também não gosto em Dezembro. Que raio pá…. Parece que em Dezembro tudo é amor, felicidade, generosidade, e depois gasta-se a quota toda do ano. Coisa mais estranha… Repito não é que não goste do Natal, só me parece que esta época revela a mais cínica de todas as faces da sociedade. Será que alguém realmente quer saber, mas realmente mesmo, sobre as criancinhas a passar fome em África? Alguém pensa nisso em Agosto? Ou em Agosto como vamos de férias ninguém passa fome? Não era preferível sermos mais equilibrados durante o ano inteiro em vez de gastarmos todo o amor pelo próximo em Dezembro?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Faz-me confusão...

Há coisas que ainda me fazem confusão, tento não ligar mas cá no fundo, fazem-me confusão. Uma delas são as obras em Portugal. Quem sai de Setúbal entra na auto-estrada a caminho de Lisboa, leva com metade do caminho em obras. E um placa a informar que não se pode exceder os 80 km/h. Mas paga-se portagem. Ora deixa cá ver, que eu saiba, a razão da existência de portagens é o facto de termos de pagar para poder usufruir da vantagem de ir mais rápido. Então se não usufruímos dessa vantagem e temos de ir a 80 km/h por que raio temos de pagar portagem? Faz-me confusão. Outro exemplo, já repararam que quando se faz um prédio, primeiro fazem as infraestruturas. Ou seja, antes de fazer o prédio, faz-se os arruamentos, jardins, passeios, candeeiros, etc. Depois faz-se o prédio… e rebenta-se com as coisas que estão feitas. Salta a pedra da calçada, estraga-se a relva, parte-se os candeeiros… é capaz de ser levar o principio Keynesiano um pouco ao extremo não? Faz-me confusão. E já repararam quando arranjam as tampas de esgoto na estrada? Acontece sempre duas situações estranhas. Primeiro nunca mas nunca deixam as tampas ao mesmo nível. Ficam ou acima ou abaixo. Porque raio não deixam a porcaria das tampas no mesmo nível? Não…. Ou fica ali um buraco porque a tampa foi “enterrada” em demasia ou fica um alto porque ficou acima do solo. E depois lá andam os carros a desviarem-se dos altos ou buracos, ou a passar por cima. A segunda situação acontece quando essas tampas têm marcas de sinalização. Também nunca acertam a linha anteriormente existente, fica sempre um bocado do traço contínuo de um lado e o resto no lado oposto. Será que era preciso um engenheiro especial para acertar aquilo? Um puto da quarta classe não dava? Epá estas coisas fazem-me confusão. Deve ser porque amanhã lá vou eu a 80 Km/h na autoestrada e pimba, passa para cá €1,30 para não estares aí com textos parvos no blog. Ou então é o meu mau feitio, por falar nisso… D.J. podes sempre contar com o meu mau feitio, nem que seja para comentar o fantástico golo de pontapé de bicicleta fora da grande área (remate indefensável) do Vitória no Estádio da Luz. Quase tão indefensável como o míssil do Ribeiro ao Rui Patrício…

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dizer tudo o que se pensa ou pensar em tudo o que se diz

Por vezes sinto que somos todos uma marioneta de trapo nas mãos de um ser superior, que nos dá o privilégio de possuirmos um pedaço de vida. E é nossa obrigação aproveitar essa dádiva o melhor possível. Vivo intensamente, durmo pouco sonho muito. Cada minuto de olhos fechados é um minuto sem ver a luz da vida. Acho que não devemos deixar de viver quando envelhecemos, mas sim envelhecemos quando deixamos de viver. A vida não acaba quando morremos mas sim quando somos esquecidos. Gosto do sol, de me deitar ao sol e expor o meu corpo e a minha alma. Assim sou eu. Esta minha maneira de ser levou-me a ter uma característica invulgar: até há bem pouco tempo, todos os meus pensamentos eram liberalmente transferidos para a comunicação oral. Sempre que estava com os que me são queridos não tinha qualquer mecanismo de protecção que me impedisse de dizer o que achava e o que sentia. Fosse bem ou mal. Esta situação criou-me diversos problemas, chatices, aborrecimentos, basicamente saí claramente a perder em diversas ocasiões. Interessante que sempre considerei que essa era a minha melhor qualidade e de repente dei por mim a duvidar se devemos dizer tudo o que pensamos ou pensar em tudo o que dizemos. Continuo a fazer essa análise, e continuo sem saber bem o que fazer. Dou valor não aquilo que as coisas valem mas sim aquilo que as coisas significam. É complicado para mim não expressar a minha opinião de forma totalmente livre de qualquer preconceito. Mas hoje penso se de facto aquilo que julgava ser a minha maior qualidade não é afinal o meu maior defeito. Se por um lado, ao ser assim estou apenas a ser verdadeiro, por outro as pessoas simplesmente não estão preparadas para lidar com a verdade e a honestidade, acabam por ouvir o que não gostam e defendem-se disso mesmo, protegendo a sua posição no mágico manto da ignorância. É fantástico pensarmos que tudo está bem, todos nos apoiam e tudo o que fazemos está correcto. Também é fantasticamente fácil não dar-nos ao trabalho de contestar, de não dizer o sentimos porque sabemos que vai dar chatice. É fácil, mas infelizmente não é fácil para mim. Daí muitas vezes falar que vivemos construções sociais, feitas pela sociedade e pela nossa própria vontade. Porque é fácil, porque dá-nos conforto e nem queremos saber se todas as respostas positivas são mesmo positivas ou se são negativas de alguém que não tem a paciência para se chatear. Continuo confuso. Sempre achei que se a vida nos dá a oportunidade de termos o dia de amanhã para fazermos as coisas certas devemos aproveitar esse privilégio para isso mesmo. Pois a palavra proferida é tal como a oportunidade perdida, não volta atrás. Porque a felicidade não está no viver no cimo da montanha mas sim na forma como subimos a escarpa, devemos ter orgulho de nós mesmo e não ter receio de ver a verdadeira realidade que nos rodeia. E não ter medo de perceber que fizemos uma grande asneira, mas também ter a inteligência de assumir isso mesmo, mesmo que seja apenas para nós mesmo. Continuo confuso, mas continuo a achar que vale a pena ser verdadeiro, mas agora com a maldade de por vezes ficar calado. Num silêncio que ensurdece, que abala, que se estranha, e cujo impacto é mais poderoso que a palavra. Mas continuo confuso, e a minha opinião vai variando consoante os dias, hoje… hoje acho que deve-se sempre dizer o que se sente e fazer o que se pensa.

domingo, 23 de novembro de 2008

Dr. House Parte II

Há algum tempo fiz um post acerca do Dr. House e das semelhanças que existem entre ele e o Sherlock Holmes, nomeadamente:
- a genialidade
- a loucura e irreverência
- o mau feitio
- o facto de ambos falarem diversas línguas
- o individualismo
- ambos tocam instrumentos musicais (piano e violino)
- ambos têm um melhor amigo que os aturam (Wilson e Watson, e ambos começam com W)
- ambos acabam por se afastar do seu melhor amigo
- ambos são viciados em drogas ( Vicodin e Cocaína)
- ambos usam bengala (embora só a do Dr. House tenha chamas)
Acabei por detectar novas semelhanças:
- Holmes é foneticamente próximo de Home que significa lar, House significa casa
- o apartamento que House partilha com Wilson é o 221B, a casa de Holmes é o 221B
- Wilson e Watson são ambos médicos
- Moriarty é o nome do inimigo de Holmes, agora vejam lá se adivinham o nome da personagem que dá um tiro ao House? Isso Moriarty...

sábado, 22 de novembro de 2008

Flops do futebol IV - os avançados

E finalmente termino este assunto com os avançados. Vai ser bonito vai:
V. Setúbal: Nuno Rosário (epá era péssimo) José Carlos Barbosa (mau) Dino (orelhas) Tico (lento lento) Paulo Sérgio (agora treinador do Paços) Sérgio Jorge (fraco) Filipe Cândido (que mau) Pedro Mendes (fraco) Curto (que mau) Maki (mas meteu o golo à Roma) Rui Gomes (dos piores) Resende (gordo) Jorge Matos (só copos) Catarino (o canguru, o Jardel do Viso uma bela de uma bosta) Rogerinho (fraco) Evandro (mau, fui eu ao Seixal ver esta coisa…) Vasco Matos (mau) Pascal (nunca gostei) Celino (como era do Benfica fizeram um grade aparato… mas não valia um chavo) Bruno Gonçalves (mauzinho) Mário Carlos (não comento) João Paulo Brito (mau) Heitor (aqueles pés parecia umas tábuas) Fonseca (grande mas não grande coisa) Lourenço (o pior) Mbamba (perdido naquela equipa) Inzagui (não não é esse é um muito mau) Leo Macaé (el gordo).
Benfica: Caniggia (ele era o maior, a estrela, ele… não fez nada) Clóvis (outra estrela que nunca apareceu) Akwa (mais um novo Eusébio que nunca deu para nada) Luiz Gustavo (mau) Marcelo (pior) Hassan (5 golos no treino: Hassansino) Edgar (a maior estrela de sempre do futebol português) Mauro Airez (um astro) Valdir (belo bigode) Pringle (batatas) Duda (mau) Paulo Nunes (estranho) Taument (mau mas mau) Pepa (1 golo e o novo Eusébio, o maior e todos) Porfirio (outra estrela) Mawete Junior (mais um Eusébio) Tote (ah ah ah ah) Sabry (que fraco) André (outra bosta) Toy (mais um Eusébio) Carlitos (mauzinho) Mantorras (18 milhões de contos ah ah ah ah ah ah ah ah ah) Karadas (que azar) Delibasic (fraco) Marcel (outra bomba quase 4 milhões de euros) Paulo Jorge (mau) Kikin Fonseca (outra bomba e parece que era estranho como o Paulo Nunes) Derlei (a festa que foi quando meteu um golo).
Porto: Mitharski (não fez nada) Vinha (ainda não acredito que jogou no Porto, nem ele...) Toni (fraco) Baroni (este veio cá passar férias) Ntsunda ( o vento lol) Zwane (o malabarista) Mielcarski ( o Miguel Castro era fraquito…) Quinzinho (o Mantorras do Porto) Romeu (mau e feio que nem um cavalo) Alessandro (um astro brasileiro) Caju (esta estrela enganou muita gente) Duda (mau) Clayton (engano duplo) Pizzi (com 2345 anos) Rafael (fica-te pelo futebol de praia) Kaviedes (o Nine) Esnaider (mais um devaneio) Serginho Baiano (gordo gordo gordo) Ivanildo (mau e desempregado) Leandro Bonfim (mau fim) Renteria (daqueles avançados que não mete golos).
Sporting: Careca (uma estrela que nunca meteu um golo) Guentchev (epá mauzito) Porfírio (era para ser uma estrela) Paulo Alves (mau) Dani (não queria) Ouattara (U A Uatara) Skuhravy (60 mil contos por um remate a barra) Misse Misse (eh eh eh eh eh) César Ramirez (um ATUM) Ivo Damas (ora o moço não presta mas meteu uns golos ao Porto então toma lá 6 anos de contrato) Gimenez (encontrou o pai em Espanha) Krpan (careca doido) Fumo (mau) Viveros (fraco) Sphear (fraquito) Kirovski (USA) Caceres (mais um engano) Nalitzis (bolas que mau) Kutuzov (no SCP deu zero) Clayton (engano duplo) Silva (o pistoleiro) Lourenço (o pior) Saleiro (vão ver) Pinilla (tinha uma bela irmã) Mota (foi de mota) Manoel (alto) Koke (mau) Wender (flop) Alecsandro (gordo) Purovic (ah ah ah ah ah ah ah ah) Bueno (não me recompus do Purovic levo com o Bueno é muito forte)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Flops do futebol III - os médios

Médios, médios que nem médios são ou eram, médios maus. Mau médio és um mau médio. Começando pelo meu Vitória, cá vai: quando Chiquinho Conde saiu para o Sporting, o substituto que contratámos tinha o nome de Stevanovic, médio de renome. Descemos de divisão e o rapaz pouco mostrou. Rui Manuel mais uma herança de Quinito, médio de poucos recursos tal como Toni Vidigal (Choco Sem Cabeça). Stosic veio como campeão europeu, mas tinha 45 anos lol… Carlos Pinto e Jorge Ribeiro eram apenas péssimos, Humberto um cabo-verdiano nem chutar a bola sabia, Joca era mau, Hélio Roque era o Hélio Roque, uma bosta. As pernas deste Hélio Roque era mais finas que os braços de alguns jogadores! Lacombe falhou em grande, Antonio Franja só tinha piada pelo nome mas mostrou pouco. Para o fim três pérolas: Bachirou (deve haver pessoal que nem sabe quem é), La Paglia (ah ah ah ah ah) e Labarthe (apenas conhecido por ter vindo do Sporting e ter andado à porrada num treino). Agora o Porto: Kiki (nome do passado mas que ninguém esquece) Wetl (epá mau) Lipcsei (chegou como estrela) Chippo (mais uma estrela) Barroso (não era estrela era o “caganeiras”) Kenedy (enganou muita gente) Chainho e Rodolfo (o Amadora não é bem uma potência) Panduru (pão duro?) Carlos Manuel (alguma vez o Vitória havia de os enganar) Pavlin (ah ah ah) Walter Paz (lento lento) Mogrovejo (o novo Caniggia) Quintana (feio) Joca (fraco) Buzaky (epá andou por lá uma série de anos mas nunca chegou a ser ninguém) Bruno (mau) Marco Ferreira (pronto enganámos os gajos duas vezes) e mais duas pérolas Hugo Leal e Leo Lima…
No Benfica também há muito flop: Dominguez (1,20m) Kenedy (andou por todo o lado) Abazaj (eh eh eh eh eh, que mau) Nelo Tavares Paiva (ganda tripla, os três juntos não faziam um). E o Jean-Jaccques Eydelie? Este veio mesmo do fundo do baú. E aquele ano em que o meio campo era Calado, Jamir, Gustavo, Paulão e Panduru ? Assustador. Glenn Helder também tinha piada. O Jordão nem sabe como lá passou, tal como o Andrade (a Carmen Miranda do futebol, era só fruta). E o Luís Carlos? Calma, lembrei-me do trio maravilha, Machairidis, Uribe e Thomas (grande Damásio). Fernando Aguiar, Chano (345678 anos), Beto (belo cabelo) e Karyaka também foram umas bombas. Para o fim as preciosidades, só o nomes dizem tudo: Paulo Almeida, Eversson (este gajo é um fenómeno) e Laurent Robert. Grandes bombas! E o Marco Ferreira também os enganou!
Os leões também tiveram bem: Ali Hassan, Bozinovsky (nem no Beira Mar), Luís Manuel, Leão e Pedrosa (o Salgueiros mandou para lá meia dúzia deles), Poejo, Filipe (que caceteiro), Afonso Martins (contrato de 34 anos), Mauro Soares, Assis, Luís Miguel, Dominguez, Dani, Didier Lang (estrela francesa que segundo os especialista batia bem os livres), Kmet (não meteu nada de nada era pessimo), Bino, Robbaina (dá vontade de rir não dá?), Hanuch (nem no Santa Clara), Bruno Caires, Horvath, Mahon (pequeno e mau), Ricardo Fernandes (mau mau mau), Carlos Miguel (uma estrela do Brasil que custou uma pipa de massa), Luís Loureiro (caceteiro), João Alves e a pérola, o maior Pontus Farnerud.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Flops do futebol II - os defesas

Então continuamos a nossa saga pelos flops do futebol português, agora com os defesas. Iniciando como sempre com o Vitória de Setúbal. Ora o pior deles todos e meu ódio eterno é um senhor chamado Dito. Julgo que os adjectivos para qualificar este central seriam censurados, fico-me pelo penalty em Belém, com os devidos agradecimentos do Sp. Braga (será que foi cash ou cheque?). Ora defesas-direitos tivemos o Rolo (a cruzar daquela maneira mais valia ir pedir esmola para o Parque do Bonfim) o Abel Silva (directamente do Benfica e não valia um chavo) o Nelson (estrela do Porto enterra em Setúbal) e o grande Paulo Filipe (mau mas mau mesmo). Também tivemos centrais de categoria como Matias (o ferro velho), o Nuno Afonso (também conhecido por três olhos), o Paulo Martins (epá, mau), o Carlos (bom nome mau jogador), o Flávio (chiça…), o Dione (ai ai ai…) e o Hugo (grande estrela sportinguista mas que nunca se impôs). Para defesa-esquerdo ficamos pelo “veloz” Fabinho, o “nazi” Rui André, uma “estrela” de nome Semedo e um daqueles que era esforçado mas era mesmo mau o Pedro Sales. Tive pena de nunca ter jogado o Jiguchi, tenho pena… No Sporting, e na direita, o “grande” Marinho, o “genial” Luís Miguel, o Saber (todos sabem que o saber não ocupa espaço), o Gil Baiano (bela carapinha), e os recentes Mário Sérgio e Miguel Garcia. Tiveram centrais de qualidade (fraca) como Lula, Nene, Marco Almeida (aquele cabelo…), Marcos, Santamaria (outra estrela), Hugo (sim o do Vitória). E defesas-esquerdos, aqui o Sporting “bombou”: Carlos Fernandes, Balajic (melhor que Maldini dizia ele), Vinicius, Paito e o especialista em livres directos (parece que meteu um golo de livre directo em 1975) o Ronny e o fantástico Marian Had. No Porto, os defesas direitos é que foram um problema, como passou Secretário tanto tempo a jogar? Pior que isso, como foi para o Real? E como o Porto teve dificuldades em substituí-lo? Mistérios do futebol… Butorovic (uma nódoa), Rui Óscar (pequenino, raçudo, mau…), Neves (péssimo), Sousa (ninguém o levou a sério), Ibarra (…), Sonkaya (ah ah ah ah ah… um adjectivo comum: maus…Centrais, faz alguma impressão como o Porto teve no seu plantel jogadores como Matias (só pelo focinho via-se que não era jogador), Diaz (era grande mas não era grande coisa) e Stepanov. Defesas esquerdos, tiveram o Vlk (não falta vogais não), o Lino (vindo do Chaves), o Areias (pior que um camelo) e o Lucas Mareque (pior que o Areias). No Benfica foram mais, vou só citar os principais: Paulo Madeira (epáhhh), José Soares, King (o pior jogador que passou no Benfica), Tahar (caceteiro), Bermudez, El Hadrioui, Lucio Wagner (o rei da finta curta), Marcos Alemão, Steve (como é possível?), Gary Charles, Okonowo (tudo a atacar pelo lado direito que tá lá um cú novo), Marco Freitas, Escalona (eh eh eh eh), Rojas (ui ui), Dudic (este gajo andou lá uns anos a sacar ordenado não foi?), Cabral (mau), Cristiano (mau mas mau), Miguelito (proscrito), Fyssas (era mau e grego), Pesaresi (cruza para a bancada), Manuel dos Santos( o Roberto Carlos de Cabo Verde). Divirtam-se a recordar esta malta.

The Show Must Go On

Escrevi esta mensagem ao som desta música e se quiserem leiam-na ao som desta linda composição dos Queen...

Uma homenagem a uma das bandas que mais me marcou no passado, uma música que ainda hoje ouço e me arrepia por vários motivos. Uma conjugação de vários aspectos que a fazem única e poderosa, a mensagem transmitida conjugada com, para mim, a maior voz de todos os tempos e a altura em que foi escrita. Estou a falar dos Queen e a grandiosa voz de Farokh Bommi Bulsara, que adoptava como nome artístico Freddy Mercury.Escrita pouco tempo antes de morrer, esta obra prima está inserida no último e não menos majestoso álbum dos Queen que dá pelo nome de Innuendo. Uma música que transmite a força e o esforço do cantor em levar a vida para a frente mesmo sabendo que mais tarde ou mais cedo irá morrer, é uma reflexão sobre a vida e a morte eminente, uma mensagem de coragem, esforço e dedicação à vida. Para além da morte, o espéctaculo deve continuar...

Confesso que às vezes estou mais desanimado com tudo, sinto vontade de desistir de tudo, há dias assim...costumo procurar na músia as forças que por vezes me faltam e esta, sem dúvida, é a minha preferida para me levantar de novo. Porque razão nós temos, por vezes, vontade de desistir quando possuímos o maior bem que existe...saúde. Temos de ter prazer por estarmos vivos, temos que aproveitar enquanto cá estamos e usufruir de tudo enquanto podemos.Uma pessoa que sabia que não ia estar no mundo durante muito mais tempo não desistiu de viver! Que razões temos nós para, por vezes, estarmos descontentes com tudo? Ele estava bem pior e no entanto não desistiu e não se lamentava. Palavras dele: "Eu não fico parado em casa lendo livros, acho isso uma perda de tempo. Eu quero viver, e não fico me preocupando com isso, ou aquilo, ou o que vão pensar de mim. Sabe por que vivo tranquilo? Por que Deus cuida de mim. Ele cuida da minha alma e sabe o que fazer com ela."

Este videoclip foi lançado umas semanas depois da sua morte por isso houve necessidade de ir buscar imagens de Freddy Mercury a videos anteriores da banda, é uma passagem que vai do inicio ao fim da viagem dos Queen e do próprio Freddy Mercury, a degradação da sua vida e da sua própria imagem também ajudou a este recurso.

No dia 23 de Novembro de 1991 ele faz uma declaração pública e uma despedida: "Bem, resolvi confirmar ao público as suspeitas que a imprensa vem levantando há algumas semanas: eu sou HIV positivo, e venho lutando contra essa doença há alguns anos. Espero que daqui prá frente todos se consciencializem e se unam para enfrentar esse terrível mal." No dia seguinte, dia 24 de Novembro, Farokh Bommi Bulsara deixa-nos orfãos da sua voz e do seu talento...

Aqui vos deixo frases de artistas de bandas bem conhecidas do mundo da música:

"Quando estou atrás do palco e as luzes se apagam e o ruído maníaco da multidão começa, não me afeta do jeito que afetava ao Freddy Mercury, que costumava amar, se deliciar com a adoração do público, que é algo que eu totalmente admiro e invejo.
- (Kurt Cobain em sua carta de suicídio)

"Se eu não tivesse conhecido as letras de Freddy Mercury quando era garoto, não sei onde eu estaria hoje. Foi ele quem me ensinou sobre todas as formas de música, e abriu a minha mente. Nunca houve um maior professor em minha vida".
- (Axl Rose)

"Há pouca gente por trás do glamour que realmente são grandes performers. É muito estranho ser um músico de sucesso e conseguir projetar-se com confiança. Freddie tinha isso tudo, e há muitos poucos como ele"
- (Robert Plant, Led Zeppelin)

"Freddie era uma das poucas pessoas que conseguia ter uma multidão inteira na palma de sua mão"
- (Kirk Hammet, Metallica)

A frase que fica para a história é: The Show Must Go On. Após desilusões e contratempos das nossas vidas, o espectáculo da vida deve continuar, temos que continuar a dar e a fazer o espectáculo...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Memórias

Ontem cheguei eu a casa depois do trabalho, acendi a televisão do meu quarto e comecei a fazer aquele desporto fantástico que é qualquer coisa chamada de "Zapping" , parei num canal que de vez em quando dá para matar saudades de programas da minha infância.É verdade, é mau mas por alguns minutos estive pregado à RTP Memória...meu Deus! Estava a passar um jogo de basketball de 1993. Eu nunca gostei muito de desta modalidade mas nessa altura gostava de ver por uma razão, o meu Benfica tinha uma grande equipa e jogava bem:)! Até tinha um cesto de basket e uma bola, que eu costumava jogar no parque de campismo do Meco. Passava tardes a lançar bolas ao cesto. Recordar jogadores de quem adorava ver jogar e principalmente porque eram da equipa que tem a cor do sangue que me corre nas veias. A grandes jogos assisti eu pela TV, na altura tudo o que era desporto passava no domingo desportivo e dava na RTP2 à tarde. Benfica e Porto tinham grandes equipas assim como os Estrelas da Avenida e a Ovarense. De momento só me lembro dos jogadores do SLB mas por acaso no Porto também havia jogadores de quem gostava, mesmo sendo do Porto... Lembro-me de assistir a grandes jogos entre Benfica , Porto e muitas vezes a Ovarense, nos Play-Offs que iriam determinar o campeão nacional de basketball. Fiquei, pois então, maravilhado a ver os últimos 20 minutos do jogo Benfica vs Estrelas da Avenida no antigo pavilhão da Luz. O 5 inicial do SLB era:
7- Carlos Lisboa
10- Pedro Miguel
9- Jean Jacques
12- Mike Plowden
14- José Carlos Guimarães
Havia ainda um jogador que entrava sempre que era o Steve Rocha que já não me lembro o numero, afinal já lá vai mais que uma década e já não me lembro do numero dele que vi ontem...lol.
Carlos Lisboa que a cada lançamento triplo que lançava,havia 90% de hipótese de fazer "cesto".
Pedro Miguel era o "base", o distribuidor de jogo
Jean Jacques era o poste e o gajo que marcava 50 mil pontos por jogo e que era raro falhar um lançamento livre.
Mike Plowden, animalzinho que andava aos encontrões com os jogadores adversários e o que ajudava Jean Jacques na luta debaixo do cesto.
Finalmente José Carlos Guimarães era o sangue frio da equipa, um jogador regular e muito certo durante todo o jogo.
Steve Rocha era o outro poste que começava sempre no banco.
É verdade,já me esquecia do grande Mário Palma, treinador que muitos títulos deu ao SLB nessa altura. É sempre bom recordar as coisas que nos faziam sentir bem quando éramos mais "putos", eu pelo menos dei por mim,15 anos depois,a vibrar por estar a ver aquela equipa, que me marcou naquela altura, principalmente porque era de basketball, que nunca foi um desporto que me agradasse mas que naquela fase da minha vida eu adorava ver.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Flops do futebol I - os guarda-redes

Conforme prometi, inicio aqui uma viagem pelos maiores flops do futebol português. Irei ter em consideração os quatro maiores clubes portugueses. De modo a não tornar isto muito pesado, os posts serão divididos por posições. Hoje dedico-me aos guarda-redes. Trata-se apenas de uma opinião sobre os piores, tentei ser o mais restritivo possível. No Vitória de Setúbal, o pior foi um tal de Carlos Gomez que do pai pouco herdou, o que vale é que rapidamente fui devolvido para Espanha. Tivemos ainda um anafado Jorge Martins que vem de Belém já com uns pasteis a mais, e um minúsculo Silvino Vieira que veio de Chaves (obrigado Quinito). Por fim, um bruto Nuno Santos e um péssimo Marco Tábuas, responsável por muitos nervos, frangos e piadas (tu tu tubarão, nem uma tainha era). O Sporting estava a recuperar de um Adolfo Rodriguez quando vai a Genk buscar Tomislav Ivkovic, que foi um desastre. Já com algum desespero procuram ainda Lemajic no Boavista e Costinha nas camadas jovens mas nada. Já em total desespero vão buscar Luís Vasco ao Famalicão! O Porto sofre do Síndrome Vítor Baia, tenta Eriksson e Wozniak o que se revelam maus e de modo a resolver tudo Pinto da Costa resgata do Partizan a estrela Ivica Kralj. Primeiro era um guarda-redes do kralj, rapidamente passou a não valer um kralj. Já o Benfica foi o que melhor se safou apenas com o grande flop de nome Carlos Bossio. No entanto, o nome Zach Thorton vem sempre à memória. Pena que a estrela dos Chicago Fire nunca tenha jogado. Espero que tenham gostado, relembrar estes flops resulta sempre num sorriso. Seguem-se os defesas…

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quantum Of Solace

Em 1962 é apresentado ao mundo James Bond. O agente 007enfrenta o misterioso Dr. No em 007 Agente Secreto. Em 2008 surge o vigésimo segundo filme de 007, Quantum Of Solace. Durante quarenta e seis anos a fórmula 007 resultou na perfeição, até 2008. Este Quantum Of Solace é definitivamente o pior de todos os filmes da saga, é péssimo, mau, medíocre, maus efeitos especiais, péssima sequência lógica do argumento, erros clamorosos na definição do que é a figura James Bond. Numa palavra, um desastre. Vamos por partes, pois o desastre é tão grande que só indo por partes:
- Daniel Craig; não convenceu no Casino Royale e em Quantum Of Solace confirmou definitivamente aquilo que é, um desastre. Sisudo, sem piada, sem charme, muito musculo inconsequente, sem aquele ar bonacheirão e sem aquela capacidade de sair do meio de uma explosão atómica com a miúda num braço e um sorriso malandro. Numa palavra, mau. Nem vale a pena comparar com monstros como Sean Connery ou Roger Moore, longe de Pierce Brosnan, chega mesmo a ser inferior a Timothy Dalton, fantasticamente consegue ser pior que George Lazenby no seu “Ao Serviço De Sua Magestade” em 1969.
- Musica; Alicia Keys? Estava-se à espera do quê? Qualidade? Claro que não. Esquecendo um pouco os filmes mais antigos, as últimas bandas sonoras têm sido garantidas por artistas como Chris Cornell com o “You Know My Name”, Madonna com o fantástico “Die Another Day”, Garbage com o tremendo “The World Is Not Enough”, Tina Turner com o grande “GoldenEye”, Gladys Knight com o “License to Kill”, e agora aparece-nos a Alicia Keys… sem comentários.
- Que terá dado na cabeça do realizador para fazer deste filme uma sequência do anterior? Mas será que alguém ainda se lembra da Vesper? Quem? Vesper, a mulher que morreu, cujo nome também é nome de uma bebida e código secreto para evitar a destruição! E o fio que ela deu a 007. Porra é um filme de 007, não é o estudo para um exame de mestrado! O que se pretende é um filme de divertimento, não um complexo drama de acção. O Casino Royale foi em 2006 estamos a acabar 2008!
- Depois a mania de colocar 007 sempre a beber dando uma má imagem disso. Pierce Brosnan bebia porque era porreiro, Roger Moore porque tinha estilo, este Daniel bebe para esquecer e conseguir domir… que dramático!
- “My name is Bond, James Bond!” Frase mítica, todo o fã espera esta frase! Estão bem sentados? Neste filme simplesmente não foi dita! Repito NAO FOI DITA. É preciso dizer alguma coisa?
- Estão a ver o Q e sempre aquela parte engraçada onde ele explica as engenhocas que Bond acabará sempre por rebentar? Bem o Q não aparece no filme. Não aparece, só assim tipo não aparece. Vale a pena comentar?
- Miss Moneypenny? Não aparece, deviam ter falta de dinheiro talvez. Podiam ter feito um peditório…
- O vilão. Bem se pensam que encontrar o mal na forma de pessoa como o Dr. No, a terrível SPECTRE, Goldfinger, Blofeld, Drax,Scaramanga, Renard ou Le Chifrre estão enganados, o vilão é um rapazito com um ar abichanado.
- Bond girl, engraçada mas longe de uma Halle Berry (Die Another Day), Shopie Marcaeu (The Worl Is Not Enough), Izabella Scorupco (GoldenEye), Ursula Andress (Dr. No).
- o Carro, ora o tradicional Aston Martin nem se vê, aparece no inicio do filme e aos 10 segundos está todo partido, depois 007 anda de Range Rover (?) e num carocha. WTF?
- Depois, alguém percebeu o que era o Quantum Of Solace? Não, pois não? Eu percebi porque li o livro pois pelo filme nem se percebe o que é!!! Também não é importante, é só o título do filme nada de especial.
- Cena ridícula com o para-quedas, fica só para quem tiver a infelicidade de ir ver o filme.
Enfim, terrível. Tinha de deixar aqui o meu desabafo! Aquilo é um atentado à saga 007.
Um conselho, NAO VEJAM.

PS - Uma coisa positiva, a prestação da fantástica Judi Dench (que já ganhou um óscar) como M, grande senhora. A única coisa positiva neste filme

sábado, 8 de novembro de 2008

Ao volante

Infelizmente, todos os dias da semana sou obrigado a deslocar-me para Almada, por motivos profissionais. Não irei comentar aqui qual a minha opinião sobre Almada pois prezo a minha saúde e não estou para alguém de lá me dar um tiro, ou coisa semelhante. Mas gostaria de me referir a uma situação que verifico diariamente, o português a conduzir. Impressionante e previsível. Há uma situação que me irrita deveras, pessoal na faixa da esquerda a andar estupidamente devagar. Ora se há três faixas de rodagem e a velocidade numa auto-estrada deverá estar compreendida entre os 50Km/hora e os 120Km/hora, a faixa da esquerda não será bem para se andar a 80km/hora. E isso irrita-me. Mas tenho vindo a observar e as pessoas que fazem isso cabem numas destas categorias (conforme estudo feito por mim num universo de mais de 15 pessoas, e é um estudo credível porque fui eu que o fiz e até gravei no Word portanto é uma coisa que fica):
- homens de bigode (não tenho explicação mas observem que vão ver que tenho razão)
- gordos (como são gordos acham que ocupam o espaço todo, em todo o lado, incluindo na estrada)
- pessoal com grandes carros ao telemóvel (sim pessoal que gastou cem mil euros num BMW mas não tem dinheiro para comprar um kit mãos livres)
- putos com aquele Opel Corsa quadrado de 1980 mas que julgam que o carro é um Aston Martin
- senhoras (nestas temos várias subcategorias, as com bigode – mas no caso delas chama-se buço – as gordas, as loiras, as ricas, as que acham que o espelho retrovisor é para retocar a maquilhagem e as “múmias” ). Quem são as múmias? São aquelas senhoras com mais de 100 anos, cabelo azul, metro e meio, de óculos, que por algum motivo não receberam ainda o postal dos CTT a dizer que já morreram (a Sra. Morte anda distraída). Essas são as piores pois nem percebem que estão a estorvar pois estão numa luta interior para não se esquecerem do caminho.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Velhice

Estou a ficar velho, pelo menos estou a ser obrigado a admitir que estou a ficar velho (sim porque isso é algo que só sendo obrigado é que admito). No outro dia, estava eu num restaurante e o empregado perguntou: o senhor deseja vinho branco ou vinho tinto? Senhor? Foi o sinal. Isto não deve tardar muito e já me chamam cota e coisas do género! Mas começo a sentir-me velho quando estou a conversar de futebol e ainda me lembro de ter visto jogar o Mladenov no Vitória, o João Pinto no Boavista, o Walter Paz no Porto, o Leónidas no Benfica e o Kmet no Sporting (todos escolhidos a dedo não?). Bolas, estou mesmo velho! Outra coisa que me faz pensar que estou velho é o facto de não ter paciência, não tenho paciência para determinadas conversas, não tenho paciência para esperar mais de quinze minutos por ninguém, não tenho pachorra para fazer coisas que não quero e estou-me um bocado nas tintas para o que os outros acham (excepto aquelas pessoas que realmente interessam claro). Depois, respostas como não, não quero porque não me apetece parecem-me perfeitamente aceitáveis (mas isso já é o meu mau feitio, já tão famoso que já há pessoas que contam com ele, não é Jordão?). Por fim, começo a achar que estou velho porque cada vez mais tenho a noção que eu não tenho de entender tudo, há coisas que não são supostas eu entender e é assim mesmo. Estou a ficar velho. Fixe. Isto de ficar velho até é porreiro!

domingo, 2 de novembro de 2008

Futebol - racismo ou estupidez?

Ponto prévio: gosto muito de futebol, sou sócio e adepto do Vitória Futebol Clube desde que nasci (por acaso já era sócio antes de ter nascido, mas isso é uma história para ser contada posteriormente) e não sou racista. A questão do racismo está relacionado com o facto de ir usar o termo preto e uso o termo preto sem sentido pejorativo, uso o termo preto pois para mim, na minha mente sem racismo, não vejo mal nisso. E uso porque não gosto de black (porque não sou inglês) não gosto do pessoa de cor (porra eu também tenho cor sou acastanhado, em especial no Verão) e não gosto de negro (para mim tem uma carga mais negativa, mas ligada à escravidão). Isto porque ontem falava com um amigo meu, ex-jogador de futebol, actual treinador adjunto da selecção de Cabo Verde, cabo verdiano, preto, o meu amigo José Rui. E segundo ele ainda há muito racismo no futebol. Eu lá fui dizendo que não concordava, acho que não é bem racismo, há muito escape no futebol. As pessoas vão a um jogo de futebol e parece que usam o jogo para escape, transformam-se em bichos, deixam de saber se comportar, parecem animais. Os animais deviam ser colocados numa jaula, pois colocam em perigo o bem-estar do ser civilizado. Algumas pessoas no futebol deixam de saber o motivo pelo qual temos um polegar oponível, deixa de se diferenciar de um cão ou uma vaca. Insultam, agridem e vão buscar os instintos mais básicos dos animais. Exemplo, no jogo entre o VFC e o Marítimo no momento da substituição de um jogador do Marítimo, preto, alguns sócios começaram a imitar o som de macacos. Porra, à porta do Estádio do Bonfim temos uma estátua do maior jogador do Vitória e sim era preto e bem preto. Historicamente, os melhores e mais simbólicos jogadores do Vitória eram pretos. Como explicar isto? Não sei. Aceito que num jogo se grite, se apoie, fale mais alto, se fale bem e mal, até se diga alguns palavrões, também o faço. Isso é muito diferente de insultar, do agredir e de ofender. Julgo que é assim em todo lado, mas custa-me ver que também é assim em Setúbal. Nada explica a situação, pois as pessoas devem ter consciência de que vivem em comunidade e são seres sociais. Será assim tão difícil de entender?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

À Amizade

Depois de alguns elogios à minha escrita, confesso que não estava à espera de reacções tão positivas, venho escrever aqui qualquer coisa. Já pus a hipótese de um dia escrever um livro de memórias...lol...quando for assim muito velhinho.
Bem, ontem tive a alegria de conhecer um dos seres mais novos deste planeta. Fui visitar um grande amigo meu, quase um irmão, a sua esposa (prometo que um dia vou começar a tratar-Te por tu ;) ), e um "rapazito" que apenas conta com alguns dias entre nós que por acaso até tem o mesmo nome que o meu (só o primeiro e ainda bem...lol), e só por isso já vai ser boa pessoa! Os meus parabéns por esta nova fase da vossa vida e em especial ao meu "irmão" porque ser pai pela primeira vez deve ser com certeza algo de muito especial.
Recordar velhos tempos é sempre giro, principalmente se forem tempos fantásticos, tempos em que o pessoal se divertia no trabalho, tempos em que consegui construir verdadeiras amizades, tempos que quando me lembro me fazem sorrir e ter saudades de tudo. Grandes tempos, de conversas sobre as melhores tácticas e os melhores jogadores do CM! Devo dizer que estivemos a conversar perto de 4 horas e tudo passou num instante, afinal de contas quando nos sentimos bem e com as pessoas certas o tempo parece que passa sempre a correr.
É engraçado como o tempo passa depressa. Parece que ainda foi ontem que tivemos aquele "desentendimento" fantástico sobre o mantorras! lol Hoje és casado, curso acabado e pai...é engraçado assistirmos a todas estas mudanças nas nossas vidas e principalmente ver que as pessoas que nos são queridas estarem bem e felizes.
Eu disse que de vez em quando iria postar algo de positivo, por isso está aqui o meu contributo e reconhecimento a uma das coisas que considero essenciais no dia de hoje, verdadeiras amizades sem falsidades e sem hipocrisias, coisa que infelizmente está pelas horas da morte nos dias de hoje. Depois da conversa que tivemos e de mais uma vez ter chegado à conclusão, infelizmente, que para sobrevivermos no mundo de hoje é preciso sermos hipócritas e o mais triste é que temos mesmo de aprender a sê-lo porque senão, quando te aperceberes tens a pernas cortadas. Os locais onde todos nós trabalhamos são para mim os maiores antros de hipocrisia, acabam por ser locais de competição directa para ver quem se safa melhor, em vez de serem sítios de cooperação e honestidade. Infelizmente temos que aprender a ser falsos para nos safarmos no meio de tanta competição. Felizmente existem pessoas em quem podemos confiar e ser verdadeiros, acaba por ser um escape ao dia-a-dia, uma lufada de ar fresco no nosso espírito, algo que nos ajuda a não esquecer a pessoa que somos. Olhar aquele ser tão pequenino e tão frágil foi reconfortante para mim, olhar para a pureza de um ser, a cada movimento de braços ou pernas era como se nos passasse uma leve brisa pela nossa alma, algo puro e verdadeiro. O desafio agora é não deixar que o ar venenoso que respiramos penetre em alma tão pura como aquela que vi ontem.
É bom saber que no meio de tanta coisa ruim, ainda existe algo em que nos possamos apoiar e fazer-nos ter esperança que o dia de amanhã irá ser melhor, pelo menos eu tenho essa esperança...
Agora penso numa coisa...tanto falámos mal do local onde trabalhávamos mas se não fosse esse nosso trabalho eu não teria tido o prazer de ter conhecido algumas pessoas e tu meu amigo se não fosse aquela "espelunca" talvez não terias o que tens hoje, já pensastes nisso? Tudo acontece por uma razão, tudo tem um sentido e tudo tem um fim...
Fica aqui a minha homenagem a uma coisa positiva, que é a pureza de uma amizade, a minha homenagem não só a TI mas a todos aqueles que tenho o prazer de os considerar meus amigos, a todos os momentos que partilhei com vocês e que hoje consigo sorrir e ter saudades de tudo. A todos vocês o meu obrigado por me lembrarem que não sou igual à maioria da nossa "querida" sociedade e que em certos momentos eu posso ser ser EU...
Fiquem bem e até um próximo momento de inspiração, esperemos que seja por algo de positivo ;)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dr. House

Ponto prévio: gosto muito do Dr. House. A mistura de mau feitio, genialidade e irreverência é fantástica. Vi a quarta série em duas noites, o que diz muito acerca do que gosto da série. No entanto, sou só eu que reparou que o Dr. House é uma colagem descarada do Sherlock Holmes? Vejamos:
- são geniais
- são loucos e irreverentes
- têm mau feitio
- falam diversas línguas (incluindo português)
- são individuais, muito individuais
- tocam instrumentos musicais (piano e violino)
- têm um melhor amigo que os aturam (Wilson e Watson, e ambos começam com W)
- acabam por se afastar do seu melhor amigo
- são viciados em drogas ( Vicodin e Cocaína)
- ambos usam bengala (embora só a do Dr. House tenha chamas)
Não deixa de ser coincidências a mais, não sei se é mero acaso, mas desde cedo fiz a analogia. Quanto ao resto só posso dizer que continuo à espera que uma determinada pessoa me forneça os últimos episódios da série V.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Hoje

Há dias e dias e há dias que nem deviam ter começado. Dias em que olhamos para trás e vemos que afinal errámos nas avaliações que fizemos, e em que procuramos saber onde errámos e continuamos sem ver onde. Dias em que percebemos que afinal aquilo que julgávamos que era não era e em que reparamos que confiámos em demasia na nossa escolha. Dias em que nos lembramos de bons tempos mas tempos falsos, de boas memórias mas memórias frágeis de momentos… momentos que afinal não sabemos se foram ou não, se o lado de lá estava lá ou não. E colocamos tudo em dúvida, pois parece-nos que devemos colocar tudo em dúvida, pois algo no qual apostávamos a vida afinal… afinal parece que era uma má aposta. Hoje lembrei-me de passeios, teatros, cinemas, jantares, centros comerciais, e de diversas pessoas, hoje lembrei-me daquela pessoa com quem não falo há muito tempo e que agora parece estranho falar. Lembrei-me daquela música parva, daquele filme estúpido, de um dia de praia onde ri de manhã à noite, daquele jantar em que só de pensar já vem um sorriso. Hoje parece que juntei todos os pensamentos tristes num só dia, até chegar a um certo dia há 12 anos. Esse dia marcou-me para sempre, nem que seja para pensar: se hoje a situação está muito mal, amanhã só pode estar melhor. Há 12 anos houve quem não acreditasse que o amanhã seria melhor, eu provei o contrário. Se não foi naquela altura agora aguentem. Poucas pessoas vão perceber este texto, mas isso não importa, hoje foi um desses dias, tinha de o escrever. Amanhã só pode ser um dia melhor.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eu os outros e o tempo em que vivemos

Já reparaste como és?
E como são os que te rodeiam?
Esses são mais fáceis, não?
Mas e o ambiente à tua volta, as vontades e irmandades?
A época em que vivemos é de evasão,
Para alguns, de distracção e até desatenção,
Para outros de superficialidade e desencanto,
Mas acima de tudo a época é de apatia.
Não vivemos a vida, passamos por ela,
Viver não é só manter vivo o ser orgânico.
Mas é essa e verdade de hoje, e este contexto
Cria um desânimo subjectivo e colectivo,
Um vazio interior reforçado,
Que resseca a vida e acaba por a trivializar,
Reduzindo todas as dimensões profundas da realidade a merasuperficialidade.
No fundo não acreditamos que podemos conhecer a autêntica realidade,
E com a verdade perdem-se até as amizades.
Não vale a pena gastar tempo na reflexão esforçada
Que indaga e critica construtivamente os fundamentos da realidade,
Do saber, da vida do homem da sua razão e do seu destino.
Então acabamos vivendo uma mentira

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Nós e os outros

Egoístas são os que exigem comportamentos que não têm;
Injustos são os que acham que tudo o que os outros fazem não tem custos;
Mas aquilo que damos nem sempre é aquilo que recebemos;
E o que custa fazer só nós sabemos.
Mas afinal porque é que nos importamos?
Mas afinal porque é que nos chateamos?
Só queremos que todos façam o que nós fazemos,
E é assim ou nós morremos.
Procuramos tanto aquilo que queremos, e quando encontramos...
Os ladrões não são apanhados e nós perguntamos porquê?
Mas no fim apercebemo-nos de tudo.
E quem somos nós?
Somos aquilo que queremos?
Ou somos o que os outros querem?
Mas se sou o eu que quero ser, não serei egoísta?
Mas se sou o que os outros querem que eu seja, não serei uma construção?
E para que serve toda esta dúvida?
Afectarei eu alguém?
Se o faço, faço-o sem querer, pois tal não é minha pretensão.
Mas a afectar prefiro ser o eu que sou eu, nem que seja derrotista,
Mas nunca serei uma ilustração.

Que a tristeza do passado e o medo do futuro não retire a felicidade do presente.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Discriminação

Para não falar só de coisas negativas. Recentemente tivemos o prazer da visita ao nosso blog do Prof.º Jorge, docente da cadeira de Construção da Cidadania do Instituto Técnico San Cayetano em Buenos Aires, Argentina. Nesse projecto, criaram um blog para chamar a atenção para o problema da discriminação aos mais diversos níveis. Convido-os a entrar no nodiscrimine.blogspot.com. Acho que é um projecto fantástico e serve de exemplo para se ensinar algo importante, de forma tão criativa que leva a que os próprios alunos se envolvam mesmo no projecto. Por fim deixo um pequeno comentário acerca da discriminação, em português e em espanhol (conforme prometi no blog nodiscrimine).
1) a discriminação, seja ela de raça, sexo, sexualidade, aspecto, social ou outra tem a sua base no desconhecimento das situações. O homem como qualquer animal reage aquilo que não conhece com medo, e esse medo provoca a irracionalidade do comportamento. É um instinto básico que já deveria ser sido controlado e eliminado com os anos de evolução do ser humano. Só assim se explica o facto de continuar a existir fenómenos de discriminação numa sociedade onde todos somos diferentes. Esperemos que a evolução do ser humano conduza à extinção desta aberração.
2) saludos a la Argentina y el blog nodiscrimine. La discriminación, ya sea de raza, género, sexualidad, apariencia, sociales o de otro tipo tiene su base en la ignorancia de las situaciones. El hombre reacciona como cualquier animal ao que no sabe, com miedo y el miedo conduce a comportamientos irracionales. Es un instinto básico que se ha controlado y debe ser eliminado con los años de evolución de los seres humanos. Sólo entonces se puede explicar el hecho de que sigan existiendo los fenómenos de discriminación en una sociedad donde todo el mundo es diferente. Afortunadamente, la evolución de los seres humanos llevar a la extinción de esta aberración. Un abrazo

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sensações opostas

Estou eu em casa e dou por mim a pensar... como é possível sentir duas sensações em que uma é precisamente o oposto da outra? o ter saudade e ao mesmo tempo não ter, querer ver muito uma pessoa e ao mesmo tempo não querer. Estúpida sensação que nos deixa inquietos e que ao mesmo tempo nos cria um grande nó no cérebro.
Saudade porque sentes falta de algo que já tivestes, saudade de todos os momentos desde o inicio de tudo até praticamente ao fim, bons momentos que não irás mais repetir mas por outro lado lembras-te do sofrimento que pessoas com quem vivestes te causaram quando tudo acabou... da forma como tudo de repente acabou, de te aperceberes que afinal toda a segurança que sentias e que te transmitiam não eram mais do que meras palavras que valem aquilo que valem, palavras que se dizem no momento, palavras do que se sente naquele momento e que não significa que dure para sempre mas que nos leva a pensar que aquelas palavras são eternas e que nos irão acompanhar até ao fim dos nossos dias. Um defeito meu, é o de acreditar em demasia nas pessoas, acreditar nas suas palavras e tomá-las como eternas e acabar por ter excesso de confiança. Tudo parece um sonho, e que vai na volta, até achas estranho tudo o que te está a acontecer de tão bom que é. Sentes-te com confiança, sentes que nada nem ninguém te pode atingir, sentes que podes alcançar todos os teus sonhos... de repente toda a confiança e toda a moral que possuías se transforma em pó, tudo desaparece sem qualquer tipo de aviso e tu cais, cais e continuas a cair até bater no fundo...depois fica o tal sentimento do querer e ao mesmo tempo não querer, recordas os bons momentos mas logo a seguir lembras-te do sofrimento porque tens passado....uff!!! é cansativo e repetitivo toda esta situação e todo este labirinto de sentimentos mas não tens outro remédio que é o de deixar o tempo passar, fazendo este o seu trabalho, ou seja, transformar o passado presente em futuro passado... no entanto não há ninguém que me conheça melhor do que eu próprio, eu sei o que sinto e o que senti, posso não ser sorridente e estróvertido mas sou sincero nas palavras, por isso, a minha consciência está tranquila e o que me tem valido desta vez é mesmo a minha própria consciência. Não sou perfeito nem nunca o vou ser porque faz parte do ser humano não o ser, sei que há coisas em mim que tenho que melhorar mas fico descansado porque não sou só eu que tenho defeitos pois todos nós os temos, triste é aquele que nos condena e que não olha aos seus próprios defeitos. Acusam-nos de certos comportamentos mas será que estão a ser justos? Será que olharam para os seus próprios defeitos? Será que têm o direito de dizer " tu és isto e aquilo"? Qual é a moral das pessoas de nos acusarem? Conhecem-nos o suficiente para de um momento para o outro nos julgar? Em alguns meses passamos de bestiais a bestas. Disseram-te que eras um doce e um querido e de um momento para o outro passas a ser frio e distante...onde está a coerência de sentimentos? Entenderia tudo isto se o individuo fizesse algo de grave e imperdoável à outra pessoa mas...e quando não acontece nada de grave? Qual é a razão de passarmos de bestiais a bestas em tão pouco tempo?
O ter a consciência tranquila não quer dizer que tenha o espírito descansado...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Coisas garantidas até deixarem de o ser...

Há uns dias estava eu no café quando um amigo meu perguntou-me se eu sabia qual era a capital da Tailândia. Banguecoque disse de imediato como se fosse a coisa mais certa do mundo. Errado. Mas eu tenho a certeza absoluta que é. Errado. Calma, eu tenho a certeza absoluta, não posso estar errado, é sim, é garantido. Errado. A capital da Tailândia é Grung Tape. Fui ver e é de facto Grung Tape e senti aquela sensação de ter apostado tudo e falhar. É o problema do garantido, aquelas coisas que damos por garantido, factos, sentimentos, pessoas. É garantido não pode falhar, até falhar… É um problema tridimensional:
- damos algo como garantido e acabamos por reflectir isso no comportamento,
- perdemos aquilo que era garantido e ficamos confusos,
- no fim sentimos falta daquilo que era garantido e finalmente damos valor aquilo que era garantido e deixou de o ser.
Isto é típico do ser humano, mas sempre me fez confusão (não quer dizer que já não tenha cometido esse erro). Basicamente temos a tendência para não dar atenção a algo ou alguém só porque está garantido, depois ficamos muito chateados porque perdemos algo e com toda a certeza a culpa não é nossa, o garantido é que mudou. Mais tarde sim, sentimos falta do garantido e aí, aí sim, aí é que merda bateu na ventoinha. Complicado o ser humano. Já passei pelas duas faces da moeda, já dei um facto como garantido e esse facto acabou por não ser assim tão garantido, e já alguém me deu como garantido, e também acabei por não ser assim tão garantido. Que fazer: não dar nada como garantido, questionar tudo (não, espera, isso é para a aula de filosofia) ficamos pelo não dar nada como garantido, nem mesmo Banguecoque, ou melhor Grung Tape.

domingo, 12 de outubro de 2008

O todo diferente da soma das partes

Hoje o meu amigo e sócio “Meireles” disse-me que no mundo de hoje cada um só quer saber de si, não se preocupando com o próximo. Concordei com ele e fiquei a pensar sobre o assunto. A minha (pouca) formação é na área da economia e logo transportei o assunto para o mundo dos números. Se a sociedade é o todo e o indivíduo a parte, sendo o todo a soma das partes, se todas as partes só se preocuparem consigo, obtemos um Óptimo de Pareto. Optimiza-se o todo com a melhoria de cada uma das partes. Devia resultar. Mas não resulta. Porquê? Porque o bom de um pode ser o mau de outro, porque se só nos preocupamos com o nosso umbigo, não pensamos sequer na hipótese de baixar um pouco o nosso bem-estar para aumentar muito o bem-estar de outro ou outros. Não resulta porque estamos em conflito permanente, e o que se passa hoje em dia é que se alguém está no ponto alto da sua felicidade não quer saber de quem está menos bem. Daí que nem sempre todo é a soma das partes, não pelas sinergias mas porque as partes estão em conflito, e para uma estar bem a outra pode ter de estar menos bem. E não é fácil ser a pessoa que vai contra a corrente, eu já desisti (parcialmente), o “Meireles” ainda não.

System of a Down




Dia histórico este, dia em que é criado o blog onde posso criticar tudo o que está à minha volta, tudo o que me revolta nesta sociedade que está podre. Como diz o título trata-se de dar um Kick in the ass no sistema e aliviar a alma. Por norma sou um individuo calmo mas tenho as minhas revoltas e por vezes demonstro-as a escrever. Aqui irei postar as críticas a uma sociedade moderna que se cria livre mas que se tornou prisioneira da sua própria hipocrisia...e de vez em quando pode ser que ponha aqui algo de positivo. Escrever alivia-me o espírito e é uma boa terapia para calar algumas revoltas que possamos ter, por isso irei escrever por aqui quando me der na telha e não porque o pessoal quer ler alguma coisa, naquela de "ah e tal não tenho nada para fazer, deixa lá ir ver o que aqueles palhaços escreveram sobre a nossa linda e harmoniosa sociedade...". Vão dando uma vista de olhos e reflictam sobre toda a podridão que nos rodeia e que apenas alguma pessoas escapam.Para toda a falsidade, hipocrisia, e egoísmo da toda a sociedade global eu digo: "I`ve got two words for you - Suck It....."

A génese

12 de Outubro de 2008, data da criação da Sociedade Crítica, espaço de reflexões e críticas acerca do mundo moderno. Dois fundadores, duas visões do mundo. Agradeço desde já a todos os incautos que por aqui passem, obrigado pela imprudência.