Depois de alguns elogios à minha escrita, confesso que não estava à espera de reacções tão positivas, venho escrever aqui qualquer coisa. Já pus a hipótese de um dia escrever um livro de memórias...lol...quando for assim muito velhinho.
Bem, ontem tive a alegria de conhecer um dos seres mais novos deste planeta. Fui visitar um grande amigo meu, quase um irmão, a sua esposa (prometo que um dia vou começar a tratar-Te por tu ;) ), e um "rapazito" que apenas conta com alguns dias entre nós que por acaso até tem o mesmo nome que o meu (só o primeiro e ainda bem...lol), e só por isso já vai ser boa pessoa! Os meus parabéns por esta nova fase da vossa vida e em especial ao meu "irmão" porque ser pai pela primeira vez deve ser com certeza algo de muito especial.
Recordar velhos tempos é sempre giro, principalmente se forem tempos fantásticos, tempos em que o pessoal se divertia no trabalho, tempos em que consegui construir verdadeiras amizades, tempos que quando me lembro me fazem sorrir e ter saudades de tudo. Grandes tempos, de conversas sobre as melhores tácticas e os melhores jogadores do CM! Devo dizer que estivemos a conversar perto de 4 horas e tudo passou num instante, afinal de contas quando nos sentimos bem e com as pessoas certas o tempo parece que passa sempre a correr.
É engraçado como o tempo passa depressa. Parece que ainda foi ontem que tivemos aquele "desentendimento" fantástico sobre o mantorras! lol Hoje és casado, curso acabado e pai...é engraçado assistirmos a todas estas mudanças nas nossas vidas e principalmente ver que as pessoas que nos são queridas estarem bem e felizes.
Eu disse que de vez em quando iria postar algo de positivo, por isso está aqui o meu contributo e reconhecimento a uma das coisas que considero essenciais no dia de hoje, verdadeiras amizades sem falsidades e sem hipocrisias, coisa que infelizmente está pelas horas da morte nos dias de hoje. Depois da conversa que tivemos e de mais uma vez ter chegado à conclusão, infelizmente, que para sobrevivermos no mundo de hoje é preciso sermos hipócritas e o mais triste é que temos mesmo de aprender a sê-lo porque senão, quando te aperceberes tens a pernas cortadas. Os locais onde todos nós trabalhamos são para mim os maiores antros de hipocrisia, acabam por ser locais de competição directa para ver quem se safa melhor, em vez de serem sítios de cooperação e honestidade. Infelizmente temos que aprender a ser falsos para nos safarmos no meio de tanta competição. Felizmente existem pessoas em quem podemos confiar e ser verdadeiros, acaba por ser um escape ao dia-a-dia, uma lufada de ar fresco no nosso espírito, algo que nos ajuda a não esquecer a pessoa que somos. Olhar aquele ser tão pequenino e tão frágil foi reconfortante para mim, olhar para a pureza de um ser, a cada movimento de braços ou pernas era como se nos passasse uma leve brisa pela nossa alma, algo puro e verdadeiro. O desafio agora é não deixar que o ar venenoso que respiramos penetre em alma tão pura como aquela que vi ontem.
É bom saber que no meio de tanta coisa ruim, ainda existe algo em que nos possamos apoiar e fazer-nos ter esperança que o dia de amanhã irá ser melhor, pelo menos eu tenho essa esperança...
Agora penso numa coisa...tanto falámos mal do local onde trabalhávamos mas se não fosse esse nosso trabalho eu não teria tido o prazer de ter conhecido algumas pessoas e tu meu amigo se não fosse aquela "espelunca" talvez não terias o que tens hoje, já pensastes nisso? Tudo acontece por uma razão, tudo tem um sentido e tudo tem um fim...
Fica aqui a minha homenagem a uma coisa positiva, que é a pureza de uma amizade, a minha homenagem não só a TI mas a todos aqueles que tenho o prazer de os considerar meus amigos, a todos os momentos que partilhei com vocês e que hoje consigo sorrir e ter saudades de tudo. A todos vocês o meu obrigado por me lembrarem que não sou igual à maioria da nossa "querida" sociedade e que em certos momentos eu posso ser ser EU...
Fiquem bem e até um próximo momento de inspiração, esperemos que seja por algo de positivo ;)
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Dr. House
Ponto prévio: gosto muito do Dr. House. A mistura de mau feitio, genialidade e irreverência é fantástica. Vi a quarta série em duas noites, o que diz muito acerca do que gosto da série. No entanto, sou só eu que reparou que o Dr. House é uma colagem descarada do Sherlock Holmes? Vejamos:
- são geniais
- são loucos e irreverentes
- têm mau feitio
- falam diversas línguas (incluindo português)
- são individuais, muito individuais
- tocam instrumentos musicais (piano e violino)
- têm um melhor amigo que os aturam (Wilson e Watson, e ambos começam com W)
- acabam por se afastar do seu melhor amigo
- são viciados em drogas ( Vicodin e Cocaína)
- ambos usam bengala (embora só a do Dr. House tenha chamas)
Não deixa de ser coincidências a mais, não sei se é mero acaso, mas desde cedo fiz a analogia. Quanto ao resto só posso dizer que continuo à espera que uma determinada pessoa me forneça os últimos episódios da série V.
- são geniais
- são loucos e irreverentes
- têm mau feitio
- falam diversas línguas (incluindo português)
- são individuais, muito individuais
- tocam instrumentos musicais (piano e violino)
- têm um melhor amigo que os aturam (Wilson e Watson, e ambos começam com W)
- acabam por se afastar do seu melhor amigo
- são viciados em drogas ( Vicodin e Cocaína)
- ambos usam bengala (embora só a do Dr. House tenha chamas)
Não deixa de ser coincidências a mais, não sei se é mero acaso, mas desde cedo fiz a analogia. Quanto ao resto só posso dizer que continuo à espera que uma determinada pessoa me forneça os últimos episódios da série V.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Hoje
Há dias e dias e há dias que nem deviam ter começado. Dias em que olhamos para trás e vemos que afinal errámos nas avaliações que fizemos, e em que procuramos saber onde errámos e continuamos sem ver onde. Dias em que percebemos que afinal aquilo que julgávamos que era não era e em que reparamos que confiámos em demasia na nossa escolha. Dias em que nos lembramos de bons tempos mas tempos falsos, de boas memórias mas memórias frágeis de momentos… momentos que afinal não sabemos se foram ou não, se o lado de lá estava lá ou não. E colocamos tudo em dúvida, pois parece-nos que devemos colocar tudo em dúvida, pois algo no qual apostávamos a vida afinal… afinal parece que era uma má aposta. Hoje lembrei-me de passeios, teatros, cinemas, jantares, centros comerciais, e de diversas pessoas, hoje lembrei-me daquela pessoa com quem não falo há muito tempo e que agora parece estranho falar. Lembrei-me daquela música parva, daquele filme estúpido, de um dia de praia onde ri de manhã à noite, daquele jantar em que só de pensar já vem um sorriso. Hoje parece que juntei todos os pensamentos tristes num só dia, até chegar a um certo dia há 12 anos. Esse dia marcou-me para sempre, nem que seja para pensar: se hoje a situação está muito mal, amanhã só pode estar melhor. Há 12 anos houve quem não acreditasse que o amanhã seria melhor, eu provei o contrário. Se não foi naquela altura agora aguentem. Poucas pessoas vão perceber este texto, mas isso não importa, hoje foi um desses dias, tinha de o escrever. Amanhã só pode ser um dia melhor.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Eu os outros e o tempo em que vivemos
Já reparaste como és?
E como são os que te rodeiam?
Esses são mais fáceis, não?
Mas e o ambiente à tua volta, as vontades e irmandades?
A época em que vivemos é de evasão,
Para alguns, de distracção e até desatenção,
Para outros de superficialidade e desencanto,
Mas acima de tudo a época é de apatia.
Não vivemos a vida, passamos por ela,
Viver não é só manter vivo o ser orgânico.
Mas é essa e verdade de hoje, e este contexto
Cria um desânimo subjectivo e colectivo,
Um vazio interior reforçado,
Que resseca a vida e acaba por a trivializar,
Reduzindo todas as dimensões profundas da realidade a merasuperficialidade.
No fundo não acreditamos que podemos conhecer a autêntica realidade,
E com a verdade perdem-se até as amizades.
Não vale a pena gastar tempo na reflexão esforçada
Que indaga e critica construtivamente os fundamentos da realidade,
Do saber, da vida do homem da sua razão e do seu destino.
Então acabamos vivendo uma mentira
E como são os que te rodeiam?
Esses são mais fáceis, não?
Mas e o ambiente à tua volta, as vontades e irmandades?
A época em que vivemos é de evasão,
Para alguns, de distracção e até desatenção,
Para outros de superficialidade e desencanto,
Mas acima de tudo a época é de apatia.
Não vivemos a vida, passamos por ela,
Viver não é só manter vivo o ser orgânico.
Mas é essa e verdade de hoje, e este contexto
Cria um desânimo subjectivo e colectivo,
Um vazio interior reforçado,
Que resseca a vida e acaba por a trivializar,
Reduzindo todas as dimensões profundas da realidade a merasuperficialidade.
No fundo não acreditamos que podemos conhecer a autêntica realidade,
E com a verdade perdem-se até as amizades.
Não vale a pena gastar tempo na reflexão esforçada
Que indaga e critica construtivamente os fundamentos da realidade,
Do saber, da vida do homem da sua razão e do seu destino.
Então acabamos vivendo uma mentira
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Nós e os outros
Egoístas são os que exigem comportamentos que não têm;
Injustos são os que acham que tudo o que os outros fazem não tem custos;
Mas aquilo que damos nem sempre é aquilo que recebemos;
E o que custa fazer só nós sabemos.
Mas afinal porque é que nos importamos?
Mas afinal porque é que nos chateamos?
Só queremos que todos façam o que nós fazemos,
E é assim ou nós morremos.
Procuramos tanto aquilo que queremos, e quando encontramos...
Os ladrões não são apanhados e nós perguntamos porquê?
Mas no fim apercebemo-nos de tudo.
E quem somos nós?
Somos aquilo que queremos?
Ou somos o que os outros querem?
Mas se sou o eu que quero ser, não serei egoísta?
Mas se sou o que os outros querem que eu seja, não serei uma construção?
E para que serve toda esta dúvida?
Afectarei eu alguém?
Se o faço, faço-o sem querer, pois tal não é minha pretensão.
Mas a afectar prefiro ser o eu que sou eu, nem que seja derrotista,
Mas nunca serei uma ilustração.
Que a tristeza do passado e o medo do futuro não retire a felicidade do presente.
Injustos são os que acham que tudo o que os outros fazem não tem custos;
Mas aquilo que damos nem sempre é aquilo que recebemos;
E o que custa fazer só nós sabemos.
Mas afinal porque é que nos importamos?
Mas afinal porque é que nos chateamos?
Só queremos que todos façam o que nós fazemos,
E é assim ou nós morremos.
Procuramos tanto aquilo que queremos, e quando encontramos...
Os ladrões não são apanhados e nós perguntamos porquê?
Mas no fim apercebemo-nos de tudo.
E quem somos nós?
Somos aquilo que queremos?
Ou somos o que os outros querem?
Mas se sou o eu que quero ser, não serei egoísta?
Mas se sou o que os outros querem que eu seja, não serei uma construção?
E para que serve toda esta dúvida?
Afectarei eu alguém?
Se o faço, faço-o sem querer, pois tal não é minha pretensão.
Mas a afectar prefiro ser o eu que sou eu, nem que seja derrotista,
Mas nunca serei uma ilustração.
Que a tristeza do passado e o medo do futuro não retire a felicidade do presente.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Discriminação
Para não falar só de coisas negativas. Recentemente tivemos o prazer da visita ao nosso blog do Prof.º Jorge, docente da cadeira de Construção da Cidadania do Instituto Técnico San Cayetano em Buenos Aires, Argentina. Nesse projecto, criaram um blog para chamar a atenção para o problema da discriminação aos mais diversos níveis. Convido-os a entrar no nodiscrimine.blogspot.com. Acho que é um projecto fantástico e serve de exemplo para se ensinar algo importante, de forma tão criativa que leva a que os próprios alunos se envolvam mesmo no projecto. Por fim deixo um pequeno comentário acerca da discriminação, em português e em espanhol (conforme prometi no blog nodiscrimine).
1) a discriminação, seja ela de raça, sexo, sexualidade, aspecto, social ou outra tem a sua base no desconhecimento das situações. O homem como qualquer animal reage aquilo que não conhece com medo, e esse medo provoca a irracionalidade do comportamento. É um instinto básico que já deveria ser sido controlado e eliminado com os anos de evolução do ser humano. Só assim se explica o facto de continuar a existir fenómenos de discriminação numa sociedade onde todos somos diferentes. Esperemos que a evolução do ser humano conduza à extinção desta aberração.
2) saludos a la Argentina y el blog nodiscrimine. La discriminación, ya sea de raza, género, sexualidad, apariencia, sociales o de otro tipo tiene su base en la ignorancia de las situaciones. El hombre reacciona como cualquier animal ao que no sabe, com miedo y el miedo conduce a comportamientos irracionales. Es un instinto básico que se ha controlado y debe ser eliminado con los años de evolución de los seres humanos. Sólo entonces se puede explicar el hecho de que sigan existiendo los fenómenos de discriminación en una sociedad donde todo el mundo es diferente. Afortunadamente, la evolución de los seres humanos llevar a la extinción de esta aberración. Un abrazo
1) a discriminação, seja ela de raça, sexo, sexualidade, aspecto, social ou outra tem a sua base no desconhecimento das situações. O homem como qualquer animal reage aquilo que não conhece com medo, e esse medo provoca a irracionalidade do comportamento. É um instinto básico que já deveria ser sido controlado e eliminado com os anos de evolução do ser humano. Só assim se explica o facto de continuar a existir fenómenos de discriminação numa sociedade onde todos somos diferentes. Esperemos que a evolução do ser humano conduza à extinção desta aberração.
2) saludos a la Argentina y el blog nodiscrimine. La discriminación, ya sea de raza, género, sexualidad, apariencia, sociales o de otro tipo tiene su base en la ignorancia de las situaciones. El hombre reacciona como cualquier animal ao que no sabe, com miedo y el miedo conduce a comportamientos irracionales. Es un instinto básico que se ha controlado y debe ser eliminado con los años de evolución de los seres humanos. Sólo entonces se puede explicar el hecho de que sigan existiendo los fenómenos de discriminación en una sociedad donde todo el mundo es diferente. Afortunadamente, la evolución de los seres humanos llevar a la extinción de esta aberración. Un abrazo
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Sensações opostas
Estou eu em casa e dou por mim a pensar... como é possível sentir duas sensações em que uma é precisamente o oposto da outra? o ter saudade e ao mesmo tempo não ter, querer ver muito uma pessoa e ao mesmo tempo não querer. Estúpida sensação que nos deixa inquietos e que ao mesmo tempo nos cria um grande nó no cérebro.
Saudade porque sentes falta de algo que já tivestes, saudade de todos os momentos desde o inicio de tudo até praticamente ao fim, bons momentos que não irás mais repetir mas por outro lado lembras-te do sofrimento que pessoas com quem vivestes te causaram quando tudo acabou... da forma como tudo de repente acabou, de te aperceberes que afinal toda a segurança que sentias e que te transmitiam não eram mais do que meras palavras que valem aquilo que valem, palavras que se dizem no momento, palavras do que se sente naquele momento e que não significa que dure para sempre mas que nos leva a pensar que aquelas palavras são eternas e que nos irão acompanhar até ao fim dos nossos dias. Um defeito meu, é o de acreditar em demasia nas pessoas, acreditar nas suas palavras e tomá-las como eternas e acabar por ter excesso de confiança. Tudo parece um sonho, e que vai na volta, até achas estranho tudo o que te está a acontecer de tão bom que é. Sentes-te com confiança, sentes que nada nem ninguém te pode atingir, sentes que podes alcançar todos os teus sonhos... de repente toda a confiança e toda a moral que possuías se transforma em pó, tudo desaparece sem qualquer tipo de aviso e tu cais, cais e continuas a cair até bater no fundo...depois fica o tal sentimento do querer e ao mesmo tempo não querer, recordas os bons momentos mas logo a seguir lembras-te do sofrimento porque tens passado....uff!!! é cansativo e repetitivo toda esta situação e todo este labirinto de sentimentos mas não tens outro remédio que é o de deixar o tempo passar, fazendo este o seu trabalho, ou seja, transformar o passado presente em futuro passado... no entanto não há ninguém que me conheça melhor do que eu próprio, eu sei o que sinto e o que senti, posso não ser sorridente e estróvertido mas sou sincero nas palavras, por isso, a minha consciência está tranquila e o que me tem valido desta vez é mesmo a minha própria consciência. Não sou perfeito nem nunca o vou ser porque faz parte do ser humano não o ser, sei que há coisas em mim que tenho que melhorar mas fico descansado porque não sou só eu que tenho defeitos pois todos nós os temos, triste é aquele que nos condena e que não olha aos seus próprios defeitos. Acusam-nos de certos comportamentos mas será que estão a ser justos? Será que olharam para os seus próprios defeitos? Será que têm o direito de dizer " tu és isto e aquilo"? Qual é a moral das pessoas de nos acusarem? Conhecem-nos o suficiente para de um momento para o outro nos julgar? Em alguns meses passamos de bestiais a bestas. Disseram-te que eras um doce e um querido e de um momento para o outro passas a ser frio e distante...onde está a coerência de sentimentos? Entenderia tudo isto se o individuo fizesse algo de grave e imperdoável à outra pessoa mas...e quando não acontece nada de grave? Qual é a razão de passarmos de bestiais a bestas em tão pouco tempo?
O ter a consciência tranquila não quer dizer que tenha o espírito descansado...
Saudade porque sentes falta de algo que já tivestes, saudade de todos os momentos desde o inicio de tudo até praticamente ao fim, bons momentos que não irás mais repetir mas por outro lado lembras-te do sofrimento que pessoas com quem vivestes te causaram quando tudo acabou... da forma como tudo de repente acabou, de te aperceberes que afinal toda a segurança que sentias e que te transmitiam não eram mais do que meras palavras que valem aquilo que valem, palavras que se dizem no momento, palavras do que se sente naquele momento e que não significa que dure para sempre mas que nos leva a pensar que aquelas palavras são eternas e que nos irão acompanhar até ao fim dos nossos dias. Um defeito meu, é o de acreditar em demasia nas pessoas, acreditar nas suas palavras e tomá-las como eternas e acabar por ter excesso de confiança. Tudo parece um sonho, e que vai na volta, até achas estranho tudo o que te está a acontecer de tão bom que é. Sentes-te com confiança, sentes que nada nem ninguém te pode atingir, sentes que podes alcançar todos os teus sonhos... de repente toda a confiança e toda a moral que possuías se transforma em pó, tudo desaparece sem qualquer tipo de aviso e tu cais, cais e continuas a cair até bater no fundo...depois fica o tal sentimento do querer e ao mesmo tempo não querer, recordas os bons momentos mas logo a seguir lembras-te do sofrimento porque tens passado....uff!!! é cansativo e repetitivo toda esta situação e todo este labirinto de sentimentos mas não tens outro remédio que é o de deixar o tempo passar, fazendo este o seu trabalho, ou seja, transformar o passado presente em futuro passado... no entanto não há ninguém que me conheça melhor do que eu próprio, eu sei o que sinto e o que senti, posso não ser sorridente e estróvertido mas sou sincero nas palavras, por isso, a minha consciência está tranquila e o que me tem valido desta vez é mesmo a minha própria consciência. Não sou perfeito nem nunca o vou ser porque faz parte do ser humano não o ser, sei que há coisas em mim que tenho que melhorar mas fico descansado porque não sou só eu que tenho defeitos pois todos nós os temos, triste é aquele que nos condena e que não olha aos seus próprios defeitos. Acusam-nos de certos comportamentos mas será que estão a ser justos? Será que olharam para os seus próprios defeitos? Será que têm o direito de dizer " tu és isto e aquilo"? Qual é a moral das pessoas de nos acusarem? Conhecem-nos o suficiente para de um momento para o outro nos julgar? Em alguns meses passamos de bestiais a bestas. Disseram-te que eras um doce e um querido e de um momento para o outro passas a ser frio e distante...onde está a coerência de sentimentos? Entenderia tudo isto se o individuo fizesse algo de grave e imperdoável à outra pessoa mas...e quando não acontece nada de grave? Qual é a razão de passarmos de bestiais a bestas em tão pouco tempo?
O ter a consciência tranquila não quer dizer que tenha o espírito descansado...
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Coisas garantidas até deixarem de o ser...
Há uns dias estava eu no café quando um amigo meu perguntou-me se eu sabia qual era a capital da Tailândia. Banguecoque disse de imediato como se fosse a coisa mais certa do mundo. Errado. Mas eu tenho a certeza absoluta que é. Errado. Calma, eu tenho a certeza absoluta, não posso estar errado, é sim, é garantido. Errado. A capital da Tailândia é Grung Tape. Fui ver e é de facto Grung Tape e senti aquela sensação de ter apostado tudo e falhar. É o problema do garantido, aquelas coisas que damos por garantido, factos, sentimentos, pessoas. É garantido não pode falhar, até falhar… É um problema tridimensional:
- damos algo como garantido e acabamos por reflectir isso no comportamento,
- perdemos aquilo que era garantido e ficamos confusos,
- no fim sentimos falta daquilo que era garantido e finalmente damos valor aquilo que era garantido e deixou de o ser.
Isto é típico do ser humano, mas sempre me fez confusão (não quer dizer que já não tenha cometido esse erro). Basicamente temos a tendência para não dar atenção a algo ou alguém só porque está garantido, depois ficamos muito chateados porque perdemos algo e com toda a certeza a culpa não é nossa, o garantido é que mudou. Mais tarde sim, sentimos falta do garantido e aí, aí sim, aí é que merda bateu na ventoinha. Complicado o ser humano. Já passei pelas duas faces da moeda, já dei um facto como garantido e esse facto acabou por não ser assim tão garantido, e já alguém me deu como garantido, e também acabei por não ser assim tão garantido. Que fazer: não dar nada como garantido, questionar tudo (não, espera, isso é para a aula de filosofia) ficamos pelo não dar nada como garantido, nem mesmo Banguecoque, ou melhor Grung Tape.
- damos algo como garantido e acabamos por reflectir isso no comportamento,
- perdemos aquilo que era garantido e ficamos confusos,
- no fim sentimos falta daquilo que era garantido e finalmente damos valor aquilo que era garantido e deixou de o ser.
Isto é típico do ser humano, mas sempre me fez confusão (não quer dizer que já não tenha cometido esse erro). Basicamente temos a tendência para não dar atenção a algo ou alguém só porque está garantido, depois ficamos muito chateados porque perdemos algo e com toda a certeza a culpa não é nossa, o garantido é que mudou. Mais tarde sim, sentimos falta do garantido e aí, aí sim, aí é que merda bateu na ventoinha. Complicado o ser humano. Já passei pelas duas faces da moeda, já dei um facto como garantido e esse facto acabou por não ser assim tão garantido, e já alguém me deu como garantido, e também acabei por não ser assim tão garantido. Que fazer: não dar nada como garantido, questionar tudo (não, espera, isso é para a aula de filosofia) ficamos pelo não dar nada como garantido, nem mesmo Banguecoque, ou melhor Grung Tape.
domingo, 12 de outubro de 2008
O todo diferente da soma das partes
Hoje o meu amigo e sócio “Meireles” disse-me que no mundo de hoje cada um só quer saber de si, não se preocupando com o próximo. Concordei com ele e fiquei a pensar sobre o assunto. A minha (pouca) formação é na área da economia e logo transportei o assunto para o mundo dos números. Se a sociedade é o todo e o indivíduo a parte, sendo o todo a soma das partes, se todas as partes só se preocuparem consigo, obtemos um Óptimo de Pareto. Optimiza-se o todo com a melhoria de cada uma das partes. Devia resultar. Mas não resulta. Porquê? Porque o bom de um pode ser o mau de outro, porque se só nos preocupamos com o nosso umbigo, não pensamos sequer na hipótese de baixar um pouco o nosso bem-estar para aumentar muito o bem-estar de outro ou outros. Não resulta porque estamos em conflito permanente, e o que se passa hoje em dia é que se alguém está no ponto alto da sua felicidade não quer saber de quem está menos bem. Daí que nem sempre todo é a soma das partes, não pelas sinergias mas porque as partes estão em conflito, e para uma estar bem a outra pode ter de estar menos bem. E não é fácil ser a pessoa que vai contra a corrente, eu já desisti (parcialmente), o “Meireles” ainda não.
System of a Down
Dia histórico este, dia em que é criado o blog onde posso criticar tudo o que está à minha volta, tudo o que me revolta nesta sociedade que está podre. Como diz o título trata-se de dar um Kick in the ass no sistema e aliviar a alma. Por norma sou um individuo calmo mas tenho as minhas revoltas e por vezes demonstro-as a escrever. Aqui irei postar as críticas a uma sociedade moderna que se cria livre mas que se tornou prisioneira da sua própria hipocrisia...e de vez em quando pode ser que ponha aqui algo de positivo. Escrever alivia-me o espírito e é uma boa terapia para calar algumas revoltas que possamos ter, por isso irei escrever por aqui quando me der na telha e não porque o pessoal quer ler alguma coisa, naquela de "ah e tal não tenho nada para fazer, deixa lá ir ver o que aqueles palhaços escreveram sobre a nossa linda e harmoniosa sociedade...". Vão dando uma vista de olhos e reflictam sobre toda a podridão que nos rodeia e que apenas alguma pessoas escapam.Para toda a falsidade, hipocrisia, e egoísmo da toda a sociedade global eu digo: "I`ve got two words for you - Suck It....."
A génese
12 de Outubro de 2008, data da criação da Sociedade Crítica, espaço de reflexões e críticas acerca do mundo moderno. Dois fundadores, duas visões do mundo. Agradeço desde já a todos os incautos que por aqui passem, obrigado pela imprudência.
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