domingo, 2 de novembro de 2008
Futebol - racismo ou estupidez?
Ponto prévio: gosto muito de futebol, sou sócio e adepto do Vitória Futebol Clube desde que nasci (por acaso já era sócio antes de ter nascido, mas isso é uma história para ser contada posteriormente) e não sou racista. A questão do racismo está relacionado com o facto de ir usar o termo preto e uso o termo preto sem sentido pejorativo, uso o termo preto pois para mim, na minha mente sem racismo, não vejo mal nisso. E uso porque não gosto de black (porque não sou inglês) não gosto do pessoa de cor (porra eu também tenho cor sou acastanhado, em especial no Verão) e não gosto de negro (para mim tem uma carga mais negativa, mas ligada à escravidão). Isto porque ontem falava com um amigo meu, ex-jogador de futebol, actual treinador adjunto da selecção de Cabo Verde, cabo verdiano, preto, o meu amigo José Rui. E segundo ele ainda há muito racismo no futebol. Eu lá fui dizendo que não concordava, acho que não é bem racismo, há muito escape no futebol. As pessoas vão a um jogo de futebol e parece que usam o jogo para escape, transformam-se em bichos, deixam de saber se comportar, parecem animais. Os animais deviam ser colocados numa jaula, pois colocam em perigo o bem-estar do ser civilizado. Algumas pessoas no futebol deixam de saber o motivo pelo qual temos um polegar oponível, deixa de se diferenciar de um cão ou uma vaca. Insultam, agridem e vão buscar os instintos mais básicos dos animais. Exemplo, no jogo entre o VFC e o Marítimo no momento da substituição de um jogador do Marítimo, preto, alguns sócios começaram a imitar o som de macacos. Porra, à porta do Estádio do Bonfim temos uma estátua do maior jogador do Vitória e sim era preto e bem preto. Historicamente, os melhores e mais simbólicos jogadores do Vitória eram pretos. Como explicar isto? Não sei. Aceito que num jogo se grite, se apoie, fale mais alto, se fale bem e mal, até se diga alguns palavrões, também o faço. Isso é muito diferente de insultar, do agredir e de ofender. Julgo que é assim em todo lado, mas custa-me ver que também é assim em Setúbal. Nada explica a situação, pois as pessoas devem ter consciência de que vivem em comunidade e são seres sociais. Será assim tão difícil de entender?
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