sábado, 20 de dezembro de 2008

O teu valor

Por questões que agora não interessam, na quinta-feira tive de passar algum tempo num hospital. Não sei bem porquê hospitais sempre me fizeram alguma confusão. Não por causa do cheiro, ou da recordação de algo triste, ou do barulho ou da ligação à dor, nada disso, a mim faz-me confusão as caras. As caras das pessoas que lá estavam, rostos tristes, cansados e muitas vezes sós. Pessoas desiludidas com a vida, e que por essa desilusão reduzem o seu próprio valor sem perceber o quanto cada um deles vale realmente (e não o que vale naquele momento de abatimento). Quantas vezes duvidamos do nosso valor, do que realmente merecemos e do que somos capazes de alcançar. Todos nós temos um valor, valor esse que não é definido por riqueza material, ou beleza, ou inteligência, mas sim por aquilo que disponibilizámos de nós para ajudar terceiros. Porque raio é que quando alguém passa num momento menos bom perde a noção do valor que tem? A ti posso dizer-te uma coisa, se me perguntares o nome das pessoas mais ricas do mundos, ou das Miss Universo, ou dos prémios Nobel eu demoro a responder. Agora se me perguntares o nome de pessoas que me ajudaram quando eu me senti mal, pessoas que me fizeram sentir especial, ou pessoas com quem passei muito do meu tempo, o teu nome vem logo nos primeiros. As pessoas que marcam a tua vida não são as que têm as melhores credenciais, mais dinheiro, ou os melhores prémios... São aquelas que se preocupam contigo, que cuidam de ti, aquelas que de algum modo estão contigo. Reflecte um momento. A vida é muito curta! E tem juízo, olha para a frente e goza o prazer de viver. Gunguel-dá. Beijo

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